
Telhado de creche desaba e deixa 20 pessoas feridas em Agudos (SP)
A Prefeitura Municipal de Agudos (SP) foi condenada a indenizar em R$ 50 mil por danos morais uma professora que se feriu após o desabamento do teto de uma creche municipal em abril de 2018.
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A decisão foi proferida pela 3ª Câmara de Direito Público do TJ-SP neste mês de julho e também determinou reparação por danos materiais futuros, para cobrir tratamentos médicos, além do pagamento de uma pensão mensal vitalícia correspondente a 12,5% do salário que ela recebia na época do acidente.
Teto do refeitório de escola desabou em Agudos
Arquivo Pessoal
A decisão afirma que a professora atingida sofreu ferimentos que resultaram na perda parcial da capacidade de trabalho, o que fez com que ela fosse readaptada para uma função administrativa.
Veja fotos do desabamento
Em nota, a Prefeitura de Agudos informou que, até a manhã desta quinta-feira (31), ainda não havia sido notificada formalmente sobre a decisão da Justiça, e que, assim que houver ciência oficial, cumprirá integralmente as determinações judiciais cabíveis.
Relembre o acidente
Em 18 de abril de 2018, o teto do refeitório da Escola Municipal Infantil Diomira Napoleone Paschoal, em Agudos, desabou, ferindo 16 crianças e quatro funcionárias.
A creche já havia passado por uma reforma, mas continuava apresentando problemas de infiltração e goteiras. A Justiça concluiu que o acidente foi causado por má conservação do prédio, responsabilidade do município, o que gerou o dever de indenizar a vítima.
Teto do refeitório da escola desabou e deixou 20 feridos
Juliane Monteiro/G1
Os adultos e quatro das 16 crianças foram transferidos para um hospital em Bauru. Os demais foram atendidos na UPA e no posto de saúde e receberam alta em seguida. A escola atendia cerca de 130 crianças com idades entre seis meses e três anos.
Na época, o então presidente Michel Temer usou o Twitter (atual X) para comentar o acidente e disse estar acompanhando “com muita apreensão as consequências do desabamento”. Ele ressaltou que “calamidades dessa natureza não podem acontecer impunemente”.
Presidente se manifestou sobre o acidente nas redes sociais
Twitter/ Reprodução
Antes da chegada do Corpo de Bombeiros, os próprios funcionários da creche contaram ao g1 na época que foram eles mesmos que retiraram as crianças dos escombros.
A creche ficava ao lado da Secretaria de Educação e Cultura, no mesmo prédio onde funcionava o almoxarifado da prefeitura.
Em setembro de 2018, os alunos, que haviam sido transferidos provisoriamente para outras creches, foram relocados em novas instalações da unidade, com o mesmo quadro de funcionários e estudantes.
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