Instituições acadêmicas e a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais negaram vínculos com Renê da Silva Nogueira Júnior, empresário suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes com um tiro em Belo Horizonte. O crime foi registrado na última segunda-feira (11) no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital mineira.
Nas redes sociais e em seu perfil no Linkedin, Renê se apresentava como mestre em Agronomia pela Universidade de São Paulo (USP), com formações na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e na Harvard Business School. Ele também alegava ter ligação com a Maçonaria. As instituições, no entanto, negaram oficialmente as declarações.
A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) informou, em nota ao BHAZ, que Renê “nunca foi aluno da PUC-Rio”. A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) também negou qualquer relação: “Renê da Silva Nogueira Júnior não possui histórico acadêmico na instituição”.
Já a Universidade de São Paulo (USP) confirmou à reportagem que o empresário concluiu um curso de especialização em outubro de 2020, mas destacou que não há registro de mestrado em seu nome, como divulgado em seu perfil profissional.
A Harvard Business School, por sua vez, declarou ao jornal O Globo que Renê não estudou na instituição. Segundo a universidade, é possível que tenha feito apenas cursos de extensão, sem a obtenção de diploma, diferentemente do que constava nas apresentações públicas.
Além das universidades, a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais também se manifestou. Em nota oficial ao BHAZ, assinada pelo grão-mestre Rodrigo Otávio dos Anjos, a instituição afirmou que Renê “não possui, e nunca possuiu, vínculo jurisdicional ou filiação” à Maçonaria. O comunicado ainda esclarece que fotos do empresário em dependências do Templo Nobre se referem a um evento promovido por outra entidade, a Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência Mineira (OCIM), que apenas utilizou o espaço.
Morte de gari
O empresário Renê Junior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça de Minas Gerais, após audiência de custódia na manhã dea última quarta-feira (13). Ele foi atuado por homicídio duplamente qualificado e ameaça.
Laudemir foi assassinado com um tiro no abdômen, enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, nessa segunda-feira (11). Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Santa Rita, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu durante uma briga de trânsito, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã dessa segunda-feira (11). Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o empresário Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.
Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.
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