OceanPact fecha R$ 3,2 bilhões em fretamento com a Petrobras para quatro navios RSV por 4 anos

A OceanPact, proprietária brasileira de embarcações de apoio offshore com sede no Rio de Janeiro, confirmou em 19 de agosto de 2025 a assinatura de contratos de fretamento que somam R$ 3,2 bilhões (cerca de US$ 585 milhões) com a Petrobras. Segundo comunicado da companhia, o pacote envolve quatro embarcações do tipo RSV — navios de apoio a operações com veículos submarinos operados remotamente (ROVs).

Cada unidade ficará afretada por quatro anos, oferecendo à estatal capacidade contínua de inspeção, manutenção e reparo (IMR) de ativos submarinos, além de suporte a intervenções em linhas, dutos e equipamentos do sistema de produção em alto-mar, com foco nas áreas do pré-sal e demais bacias.

O presidente-executivo da OceanPact classificou o acerto como “um marco importante” para a companhia listada em São Paulo, destacando a visibilidade de receita e o fortalecimento do backlog no segmento de apoio subsea.

O que está no pacote

  • Contratante: Petrobras

  • Contratada: OceanPact (listada na B3)

  • Valor total: R$ 3,2 bilhões (US$ 585 milhões)

  • Tipo de embarcação: RSV (ROV Support Vessel)

  • Quantidade: 4 navios

  • Prazo de afretamento: 4 anos por embarcação

  • Anúncio: 19 de agosto de 2025

A frota da OceanPact inclui o RSV Parcel dos Reis, navio de apoio que exemplifica a classe de embarcações aptas a dar suporte a ROVs e equipes técnicas em campanhas de inspeção e manutenção submarina.

Por que isso importa para Petrobras e para o setor

Os RSVs são peças-chave na logística de subsea, já que concentram posicionamento dinâmico, oficinas, guindastes, moonpool e hangar para ROVs, permitindo operações de alta precisão em lâminas d’água profundas. Para a Petrobras, contratos de longo prazo garantem continuidade operacional e planejamento de campanhas no pré-sal, reduzindo janelas de indisponibilidade e custos de mobilização.

Para a OceanPact, o acordo:

  • Amplia o portfólio de contratos de longo prazo, diluindo volatilidades de curto prazo;

  • Aumenta a utilização de ativos e a taxa de ocupação da frota;

  • Fortalece o posicionamento da companhia em serviços de maior valor agregado no offshore brasileiro.

Entenda: o que fazem RSVs e ROVs

  • ROV (Remotely Operated Vehicle): robôs submarinos que realizam inspeções visuais, intervenções leves, medições e apoio a manutenções sem a necessidade de mergulho humano.

  • RSV (ROV Support Vessel): navio-plataforma que transporta, opera e dá suporte aos ROVs, concentrando energia, controle, oficinas e tripulações especializadas para operações IMR.

Esse conjunto RSV + ROV é essencial para manter a integridade de dutos, risers, manifolds e árvores de natal molhadas, reduzindo riscos e elevando a confiabilidade das unidades de produção.

Impactos esperados e próximos passos

Com quatro anos de duração por navio, os contratos trazem previsibilidade operacional tanto para a Petrobras quanto para a OceanPact. A fase seguinte costuma envolver:

  1. Ajustes de configuração de cada RSV para o escopo específico;

  2. Mobilização e certificações necessárias às operações;

  3. Integração de equipes de bordo, pilotos de ROV e times de IMR;

  4. Execução de campanhas em cronogramas definidos pela contratante.

A operação tende a gerar demanda por profissionais especializados — oficiais de náutica e máquinas, engenheiros de subsea, pilotos de ROV e técnicos de manutenção — movimentando a cadeia de fornecedores de equipamentos e serviços.

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