Polícia Civil pede mais 30 dias para concluir investigação sobre morte de gari em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais pediu à Justiça mais 30 dias para concluir o inquérito que investiga a morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte.

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A solicitação foi feita nessa quarta-feira (20), data em que a apuração completou dez dias, primeiro prazo para a conclusão de procedimentos investigatórios.

O documento é assinado pelo delegado Evandro Nascimento Radaelli. O chefe da investigação alegou que a medida foi necessária “havendo diligências pendentes”.

A decisão foi tomada dois após Renê da Silva Nogueira Júnior confessar, pela primeira vez, ser o autor do assassinato.

O crime

De acordo com a ocorrência policial, o crime ocorreu durante uma briga de trânsito, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital, na manhã da segunda-feira (11). Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando o empresário Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.

Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.

Renê Junior é marido da delegada Ana Paula Balbino, da Polícia Civil de Minas Gerais. Conforme o perfil de Renê Junior no LinkedIn, ele atua há 27 anos no setor de alimentos e bebidas. O suspeito já ocupou cargos de lideranças em empresas multinacionais.

Em 2024, Ana Paula chegou a publicar elogios à conduta do marido. No post, a delegada afirmou que Renê é um homem “justo, empático e amável”. “Gostaria de falar do homem de caráter irrefutável. Um cidadão que se preocupa com as pessoas que estão sobre sua gestão ou não. Justo, empático, amável e adorado pela família e amigos”, escreveu ela. “Cristão e patriota, é exemplo para muita gente quanto ao quesito superação”, destacou no texto.

A PCMG confirmou que a arma usada no homicídio está registra em nome da delegada Ana Paula Balbino. Renê Júnior, marido dela, foi preso suspeito de cometer o crime poucas horas após a morte do trabalhador. A servidora é alvo de uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil.

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