Vacinação contra o HPV é ampliada para jovens 15 a 19 anos em Coronel Fabriciano


Aplicação da vacina contra o HPV em Porto Alegre
Manuella Brandolff/Palácio Piratini
A Prefeitura de Coronel Fabriciano ampliou a vacinação contra o HPV para os adolescentes de 15 a 19 anos. A imunização contra o vírus é fundamental para conter o avanço do câncer do colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil.
De acordo com o município, a medida tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal entre os jovens. As doses estão sendo aplicadas em todas as unidades básicas de saúde, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.
Até então, conforme o município, a vacina era aplicada para os menores na faixa etária de 9 a 14 anos. A ampliação, que termina em dezembro, tenta alcançar quem perdeu a vacinação
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Essa é uma oportunidade de resgatar adolescentes que ainda não se vacinaram. A prevenção é a melhor forma de combater doenças graves associadas ao HPV e é uma forma também de proteção à saúde pública. Para se vacinar, basta comparecer na unidade básica de saúde de referência. O imunizante está disponível em todas as nossas salas de vacina nas UBSs”, destacou a Coordenadora de Imunização, Vislene Oliveira.
Doença que pode ser evitada
O HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres no Brasil, atrás apenas dos tumores de mama e de cólon e reto. A estimativa é de 17 mil novos diagnósticos por ano até 2025. Em 2024, 6.853 mulheres morreram em decorrência da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.
Além disso, o HPV pode provocar verrugas genitais e câncer em outras regiões, como vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe. Por isso, a SBIm reforça que a vacinação em meninos também é fundamental para proteger os próprios adolescentes e reduzir a circulação do vírus.
Falta de informação e mitos
Um estudo da Fundação Nacional do Câncer revelou que a desinformação ainda é um dos maiores entraves. Entre os adolescentes pesquisados:
Até 37% não sabiam que a vacina previne o câncer do colo do útero.
Entre 36% e 57% acreditavam que ela poderia ser prejudicial à saúde.
82% achavam que protegia contra outras infecções sexualmente transmissíveis, o que não é verdade.
Pais e responsáveis também apresentaram desconhecimento: 17% não sabiam da relação com a prevenção do câncer e 22% acreditavam que a vacina poderia incentivar a iniciação sexual precoce.
O levantamento apontou ainda fragilidades entre profissionais de saúde: um terço declarou não se sentir seguro para orientar pacientes sobre a vacinação, e menos da metade se considera responsável por ações educativas.
Mundo avança, Brasil fica para trás
Enquanto o Brasil luta para ampliar sua cobertura vacinal, países como Austrália, Escócia, Suécia e Reino Unido já registram avanços significativos.
A Austrália está perto de se tornar o primeiro país do mundo a eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública, graças à combinação de vacinação em massa e rastreamento eficiente.
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