O Banco do Brasil (BBAS3) tem atraído atenção no mercado financeiro por seu desempenho sólido, mas a grande questão é: até onde o preço de suas ações pode cair? Com um P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) atual em torno de 0,88, muito superior aos 0,6 registrados nos últimos anos, analistas acreditam que o banco pode enfrentar uma queda até um patamar de R$ 18, aproximadamente 31% abaixo de seu preço atual.
O que justifica essa possibilidade de queda? Nos anos de 2020 e 2021, quando o P/VPA estava em torno de 0,6, o Banco do Brasil enfrentava lucros significativamente menores, na faixa de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões por trimestre. Contudo, em 2024, o banco está reportando lucros superiores a R$ 9 bilhões por trimestre, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) que supera 20%.
Essa melhora nos resultados financeiros reflete uma rentabilidade muito superior à observada nos períodos de baixo P/VPA. Com uma perspectiva de lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões para 2025, o banco continua sendo uma das opções mais rentáveis da bolsa, com um ROI estimado de 20 a 22%. Essa alta rentabilidade justificaria um P/VPA mais elevado, tornando o Banco do Brasil uma opção atrativa para investidores que buscam lucros consistentes.
No entanto, se o preço das ações voltar ao patamar de R$ 18, como já aconteceu no passado, os investidores devem estar preparados para uma queda de até 31%, algo que, embora assustador, não é inédito para a instituição.
ETF de Dividendos Mensais NDIV11: Vale a Pena Investir?
Outro tópico relevante que tem gerado discussões entre os investidores é o ETF NDIV11, lançado pelo Nubank. Esse fundo tem se destacado por pagar dividendos mensais, algo que atrai muitos investidores em busca de uma fonte constante de renda passiva. Porém, apesar dos pagamentos mensais, existem alguns pontos negativos que merecem atenção.
O ETF NDIV11 investe em ações de setores como energia elétrica, telecomunicações, bancos e mineração, com empresas como Banco do Brasil, Semig, Vale e Petrobrás compondo sua carteira. A ideia de um ETF de dividendos mensais pode ser atrativa para quem busca renda imediata, mas a composição do fundo inclui empresas cíclicas e com alto risco, como a Petrobras e a Marfrig, cujos resultados podem ser voláteis.
Além disso, o ETF cobra uma taxa de administração de 0,5% ao ano e, mais importante, o rendimento de dividendos é tributado em 15% sobre o lucro. Isso reduz significativamente o retorno líquido para o investidor, especialmente considerando que algumas das empresas que pagam os dividendos possuem altos custos de operação e dívidas elevadas.
Por outro lado, a composição do ETF NDIV11 inclui boas pagadoras de dividendos, como a Vale e o Banco do Brasil, que proporcionam uma estabilidade maior ao fundo. Com uma rentabilidade histórica de 19,1% nos últimos 12 meses, o ETF é uma boa opção para quem prefere a praticidade de investir em um fundo diversificado, sem precisar selecionar ações individualmente.
O Que Esperar de Banco do Brasil e do ETF NDIV11?
A possibilidade de queda das ações do Banco do Brasil para níveis abaixo de R$ 20 é uma realidade a ser observada, mas com fundamentos mais sólidos e um desempenho superior aos períodos anteriores, o banco se mantém uma das melhores opções no setor bancário. Para 2025, a expectativa é de que continue sendo um dos bancos mais rentáveis da bolsa, com alto ROI.
Por outro lado, o ETF NDIV11 do Nubank oferece dividendos mensais, mas sua composição diversificada, com ações de empresas cíclicas, pode representar riscos para investidores menos experientes. Apesar disso, para aqueles que buscam praticidade e renda passiva constante, o ETF pode ser uma boa escolha, desde que estejam cientes de suas desvantagens, como as taxas e a tributação sobre os dividendos.
Investidores devem avaliar suas preferências e perfil de risco antes de tomar qualquer decisão, pois ambos os ativos, o Banco do Brasil e o ETF NDIV11, oferecem oportunidades e desafios a serem considerados.
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