AZTE3 dispara produção de petróleo e movimenta apostas na B3

A Azevedo & Travassos Energia (AZTE3), que estreou recentemente na B3, está começando a ganhar notoriedade entre investidores atentos ao setor de petróleo. Com apenas três meses de negociação em bolsa, a companhia reportou uma expressiva alta de 15,2% na produção em março, totalizando 187 barris por dia. A movimentação provocou reações entre analistas e pequenos investidores que acompanham de perto a performance das chamadas petroleiras juniores onshore.

Desempenho recente e fechamento mensal

No pregão desta terça-feira (29), o papel encerrou o dia em queda de 1,27%, refletindo um fluxo vendedor mais consistente após quatro dias de pressão no papel. No entanto, a queda está sendo encarada com cautela, já que o desempenho mensal aponta para uma possível lateralização na faixa de R$ 0,10 a R$ 0,12, bem abaixo do preço de IPO, que foi R$ 0,81.

Apesar da correção acentuada, o crescimento operacional da empresa acende um alerta positivo: há fundamentos surgindo em meio à volatilidade. Os investidores estão atentos ao fechamento de abril e início de maio, período estratégico que pode confirmar se a recuperação nos volumes de produção será suficiente para reverter a tendência de queda.

Expectativas para maio e os próximos gatilhos operacionais

O mercado agora volta seus olhos para dados atualizados de abril, que serão divulgados nos primeiros dias de maio. Caso a tendência de aumento na produção se mantenha, AZTE3 pode recuperar parte das perdas recentes, já que a cotação atual está quase 90% abaixo do valor do IPO.

Entre os gatilhos esperados pelos analistas estão:

  • Novos relatórios operacionais mensais com números superiores a 200 barris/dia. 
  • Atualizações sobre contratos de fornecimento ou parcerias estratégicas. 
  • Sinais de estabilidade no mercado do petróleo, que vive oscilações pontuais, mas busca equilíbrio acima dos US$ 80 o barril. 

Contexto setorial e impacto no Ibovespa

Embora não componha diretamente o índice Ibovespa, a movimentação de AZTE3 está inserida em um momento mais cauteloso do mercado. O principal índice da B3 fechou o dia em leve alta de 0,06%, após sete sessões consecutivas de fluxo comprador, mas com sinais de esgotamento técnico.

Segundo especialistas, a performance das petroleiras – especialmente as de menor porte – funciona como termômetro da percepção de risco em setores ligados à infraestrutura e energia. “Investidores estão mais sensíveis a resultados operacionais sólidos do que a especulações”, comenta um analista do setor.

Perfil da AZTE3 e trajetória até aqui

A Azevedo & Travassos Energia surgiu da divisão operacional do grupo Azevedo & Travassos, tradicionalmente ligado à engenharia pesada. Após reestruturação, a companhia voltou seu foco à exploração onshore de petróleo, com operações concentradas no Nordeste e interior de São Paulo.

O IPO da empresa ocorreu há apenas três meses, e desde então, a ação vem sendo negociada entre R$ 0,09 e R$ 0,15, dependendo do fluxo e das notícias do setor. Com o apoio da holding Fênix, especializada em infraestrutura e óleo & gás, a petroleira vem tentando consolidar uma nova fase, mais transparente e voltada a operações de baixo custo e alta eficiência.

Movimentações de investidores e estratégia de montagem de posição

No canal Ações Moedas, um dos mais ativos no acompanhamento de small caps, investidores relatam movimentos estratégicos de montagem de posição em AZTE3 e BRAVO Energia, outra júnior que vem ganhando espaço no radar.

Muitos desses investidores estão usando dados de produção e expectativas de curto prazo para tomar decisões em um setor que, embora volátil, pode oferecer retornos significativos caso a empresa ganhe escala.

Além disso, por ser uma empresa nova na bolsa, AZTE3 ainda tem baixa cobertura de grandes analistas, o que favorece quem busca oportunidades antes da popularização dos ativos.

Análise técnica e próximos movimentos esperados

Do ponto de vista técnico, AZTE3 apresenta:

  • Suporte psicológico na região dos R$ 0,10. 
  • Resistência em R$ 0,14 e novamente no IPO em R$ 0,81. 
  • Sinais de exaustão vendedora, com possível lateralização. 

O volume médio negociado ainda é baixo, o que aumenta a volatilidade e o risco, mas também abre portas para movimentos explosivos em caso de notícias positivas.

AZTE3 ainda é aposta ou já virou oportunidade?

A resposta para essa pergunta vai depender de três fatores:

  1. Manutenção do crescimento na produção. 
  2. Divulgação de novos contratos ou aquisições. 
  3. Estabilidade nos preços do petróleo global. 

Com apenas três meses de bolsa, AZTE3 ainda é uma aposta com risco elevado, mas os primeiros sinais operacionais apontam para potencial real de crescimento. Para o investidor atento ao setor de energia e com apetite por volatilidade, os próximos trinta dias devem ser acompanhados de perto.

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