RBVA11 desaba e paga 1% ao mês: fundo vira oportunidade com desdobramento à vista

O fundo imobiliário RBVA11 voltou a chamar atenção do mercado ao se aproximar da sua mínima histórica, sendo negociado na faixa dos R$ 80, um patamar considerado altamente atrativo por investidores que buscam renda passiva. O fundo, com patrimônio superior a R$ 1,6 bilhão e cerca de 70 mil cotistas, apresenta dividend yield próximo de 1% ao mês, mesmo em meio à queda expressiva no valor da cota.

Segundo análise recente, o tombo nas cotações pode ter sido amplificado por movimentações de arbitragem envolvendo a fusão com o fundo RBD, o que levou alguns investidores a se desfazerem das cotas após a operação.

Destaques operacionais e investimentos em obras

Entre os eventos mais relevantes do mês está a obra acelerada da nova loja da Porto Belo, que recebeu um novo aporte de R$ 1 milhão do fundo e deverá se tornar um dos imóveis de maior qualidade do portfólio. O fundo também segue trabalhando na reocupação dos imóveis desocupados pelo Santander, em Fortaleza e Santos, adotando estratégias de marketing, eventos e reformulação de uso — com possibilidade de conversão para academias, supermercados ou escritórios, aproveitando as localizações privilegiadas, típicas de agências bancárias.

Desdobramento de cotas e rentabilidade pressionada

O RBVA11 anunciou ainda o desdobramento de cotas na proporção 1 para 10, previsto para abril, com o objetivo de aumentar a liquidez no mercado secundário e atrair novos investidores. Apesar da queda na cota e rentabilidade pressionada em relação ao CDI, o fundo segue distribuindo R$ 0,90 por cota, acima do resultado gerado no mês (R$ 0,81). Para manter o nível de proventos, o gestor sinaliza a possibilidade de realizar novas vendas de imóveis.

Alavancagem sob controle e conforto de caixa

Mesmo com uma alavancagem de aproximadamente 15%, o fundo possui uma estrutura financeira robusta, com cerca de R$ 55 milhões em recebíveis e mais de R$ 100 milhões aplicados em cotas de outros FIIs. A dívida atual é considerada de baixo custo e, por isso, não há intenção de liquidação antecipada. O caixa é suficiente para sustentar o fluxo de pagamentos pelos próximos três anos, conforme demonstrado no último relatório.

Diversificação de inquilinos e perspectiva de médio prazo

Historicamente concentrado em contratos com Caixa e Santander, o RBVA11 vem diluindo essa dependência ao longo dos anos. Atualmente, os dois bancos representam juntos cerca de 28% da receita, frente aos 60% do passado. A tendência é continuar essa diversificação para reduzir riscos operacionais e ampliar a resiliência do portfólio.

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