O Itaú Unibanco (ITUB3), maior banco privado da América Latina em valor de mercado, reportou um lucro líquido recorrente de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, superando o recorde anterior obtido no 4T24. O resultado representa um crescimento de 13,9% na comparação anual e 2,2% frente ao trimestre anterior, mesmo partindo de uma base forte.
A performance sólida reforça o posicionamento do banco como o mais eficiente e rentável do setor bancário nacional. Com um ROE de 22,5% e índice de eficiência em 37,5%, o Itaú mantém margens elevadas, enquanto entrega valor consistente aos seus acionistas.
Rentabilidade e eficiência acima da média do setor
Rentabilidade superior ao custo de capital
O banco apresenta um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 22,5%, bem acima do custo de capital estimado em cerca de 14%, o que evidencia a criação de valor ao acionista. O mercado reconhece essa performance, precificando o ativo com múltiplos mais elevados — P/L estimado em 7,5 e P/VPA acima da média do setor.
Eficiência operacional em destaque
O índice de eficiência — que mede o quanto o banco gasta para gerar receita — caiu para 37,5%, o menor patamar dos últimos anos. Mesmo com aumento de 9,8% nas despesas administrativas, o crescimento do lucro operacional foi suficiente para garantir melhora no indicador.
Crédito em expansão e inadimplência controlada
A carteira de crédito cresceu 13,2% em um ano, alcançando R$ 1,4 trilhão. A distribuição dos recursos mostra equilíbrio entre os segmentos:
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Pessoa física: R$ 448 bilhões
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Grandes empresas: R$ 425 bilhões
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Pequenas e médias empresas: R$ 273 bilhões
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Operações na América Latina: R$ 235 bilhões
A inadimplência acima de 90 dias caiu para 1,9%, o menor nível desde março de 2021, demonstrando a qualidade do crédito e um controle eficaz de risco. Em contraste, concorrentes como o Bradesco ainda enfrentam dificuldades com carteira de menor qualidade.
Provisões sob controle e crescimento em serviços e seguros
As provisões para devedores duvidosos foram de R$ 9 bilhões, representando 2,7% da carteira média de crédito, o que indica um nível de risco saudável para o porte da instituição.
O grande destaque, no entanto, vem da diversificação da receita:
Receita de serviços e seguros:
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Receita com serviços: R$ 11,2 bilhões (+3,5% YoY)
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Receita com seguros, previdência e capitalização: R$ 2,6 bilhões (+16%)
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Total combinado: R$ 13,8 bilhões (+6,5%)
Essa área foi responsável por 57,6% do lucro do trimestre, enquanto o segmento de crédito representou 35%. O ROI da área de serviços e seguros foi próximo de 50%, mostrando-se muito mais rentável que o crédito tradicional, com ROI de 13%.
Dividendos robustos e projeção de yield atrativo
O banco distribuiu quase 70% do lucro em proventos, o que gera um dividend yield estimado em 8,5% ao ano, considerando a cotação atual de R$ 31,30 para ITUB3.
Com pagamento mensal de R$ 0,015 por ação, além dos proventos trimestrais e o tradicional dividendo extraordinário em fevereiro, a instituição mantém um histórico sólido e previsível de remuneração aos acionistas.
Perspectivas para Itaúsa e investidores
Como cerca de 95% do lucro da Itaúsa (ITSA4) é proveniente da participação no Itaú, os bons resultados do banco devem se refletir positivamente no desempenho da holding. A expectativa do mercado é de que a Itaúsa reporte um 1T25 igualmente sólido, com forte geração de caixa e possibilidade de dividendos reforçados.
Itaú entrega resultado “fora da curva” e reforça tese de longo prazo
Mesmo com o aumento de mais de 30% na cotação das ações em 2025, os múltiplos do Itaú continuam atrativos, considerando a rentabilidade excepcional, o crescimento sustentável e a robusta política de dividendos. O banco mantém sua posição de liderança mesmo diante da crescente concorrência dos bancos digitais, com destaque para:
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Lucro recorde e ROE acima do custo de capital
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Eficiência operacional aprimorada
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Expansão do crédito com inadimplência em queda
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Segmento de serviços e seguros como motor de lucro
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Dividend yield competitivo e previsível
Para investidores que buscam previsibilidade, solidez e geração de renda, o Itaú segue como referência entre os grandes bancos brasileiros.
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