As 3 piores ciladas da renda fixa em 2025 que você precisa evitar agora

Apesar da taxa Selic elevada em 2025, muitas aplicações de renda fixa continuam sendo ofertadas com rentabilidades abaixo do potencial. O que deveria ser um investimento seguro e eficiente tem se transformado, em muitos casos, em ciladas disfarçadas de boas oportunidades. Neste conteúdo, você vai entender por que certos produtos — como CDBs com taxa baixa, fundos DI e títulos públicos vendidos fora do Tesouro Direto — podem prejudicar sua rentabilidade e liquidez.

1. CDBs com retabilidade inferior à média de mercado

CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são amplamente oferecidos como alternativa simples de renda fixa. No entanto, muitas ofertas disponíveis hoje não compensam o risco ou a perda de liquidez.

Em maio de 2025, bancos de médio porte pagam até 107% do CDI em CDBs com liquidez diária. Ainda assim, é comum encontrar produtos de bancos menores, como os oferecidos na plataforma da XP, com vencimento travado e taxas entre 101,25% e 101,5% do CDI, inferiores às melhores opções com liquidez imediata.

Investidores desavisados acabam aceitando essas condições por desconhecimento, comprometendo seus ganhos e sua flexibilidade de resgate.

Recomendação:
Se o CDB tiver liquidez diária, a taxa mínima aceitável deve ser 100% do CDI (em grandes bancos). Se o investimento não tiver liquidez, a taxa precisa compensar esse risco, partindo de 107% do CDI para cima.

2. Fundos DI: tributação semestral reduz o efeito dos juros compostos

Fundos DI, também chamados de fundos referenciados DI, parecem uma opção conservadora, mas escondem dois fatores que corroem o rendimento:

  • Taxa de administração, geralmente entre 0,3% e 0,5% ao ano;

  • Imposto de renda comico, cobrado automaticamente a cada seis meses, mesmo sem resgate.

Essas características tornam os fundos DI ineficientes, especialmente para reserva de emergência ou aplicações de curto prazo. Um fundo do Santander, por exemplo, cobra 0,5% de administração e tributa o rendimento semestralmente, diminuindo a capacidade de crescimento do capital investido.

Alternativas mais vantajosas:

  • Tesouro Selic (sem comicotas e com liquidez garantida);

  • CDBs de liquidez diária com isenção de taxa e rentabilidade mínima de 100% do CDI.

3. Títulos Públicos fora do Tesouro Direto: falta de liquidez e transparência

Outra armadilha comum são os chamados “títulos públicos” oferecidos por bancos e corretoras fora do Tesouro Direto. Embora também sejam emitidos pelo governo federal, eles apresentam duas desvantagens cruciais:

  • Não têm liquidez garantida: o investidor depende da corretora ou banco querer recomprar o papel, e isso pode não acontecer.

  • Spread de taxas: as instituições compram esses títulos com taxas mais atrativas e os revendem com taxas menores, reduzindo sua rentabilidade.

Ao contrário do Tesouro Direto, que oferece recompra garantida e transparência diária das taxas, esses títulos vendidos diretamente pelas instituições não asseguram preço justo na hora do resgate antecipado, gerando prejuízos em momentos de necessidade.

Recomendação:
Invista sempre pelo Tesouro Direto via a plataforma oficial da sua corretora. Evite títulos com liquidez incerta e taxas ocultas.

Como investir em renda fixa com segurança em 2025

Para não cair nessas armadilhas, adote critérios objetivos e informados na hora de investir. A seguir, um resumo do que observar:

CDBs

  • Liquidez diária: mínimo de 100% do CDI em grandes bancos; entre 105% e 107% em bancos médios.

  • Sem liquidez: taxa mínima de 107% do CDI.

Fundos DI

  • Evite se houver taxa de administração acima de 0,3%.

  • preferência a ativos isentos de comicotas.

Títulos Públicos

  • Priorize Tesouro Direto com recompra garantida.

  • Rejeite títulos públicos sem transparência de taxas e sem liquidez diária.

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