Casa Museu Ema Klabin celebra 18 anos com arte, história e descobertas

Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

Em meio aos elegantes jardins do bairro Jardim Europa, em São Paulo, a Casa Museu Ema Klabin celebra sua maioridade. Inaugurada ao público em 2007, a antiga residência da empresária, colecionadora e mecenas Ema Klabin acaba de completar 18 anos como um dos mais encantadores polos culturais da cidade. Mais do que um espaço de exposição, o museu é um mergulho em 3.500 anos de arte e história.

Com um acervo de mais de 1.600 peças — entre pinturas, esculturas, mobiliário, porcelanas, obras arqueológicas, livros raros e objetos decorativos —, a casa reflete o olhar refinado e o espírito cosmopolita de sua antiga moradora. Para celebrar a data, selecionamos 18 curiosidades que revelam a riqueza e os bastidores desse museu único. Confira:

1. Um cenário original preservado

Quem visita a Casa Museu Ema Klabin encontra a residência praticamente como Ema a deixou. Cada cômodo é um convite à contemplação: há obras de Marc Chagall, Frans Post, Tarsila do Amaral, Mestre Valentim, Di Cavalcanti e outros grandes nomes da arte.

2. Arquitetura inspirada em palácio europeu

Projetada por Alfredo Ernesto Becker, a casa foi inspirada no Palácio de Sanssouci, em Potsdam (Alemanha). Com 900 m², levou dez anos para ser construída e ganhou elegância atemporal nas mãos do decorador italiano Lottieri Lotteringhi Della Stufa.

Lago com carpas na Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin
Lago com carpas na Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

3. Aconselhamento de Pietro Maria Bardi

A primeira obra da coleção — Ariadne, de Jean-Baptiste Greuze — foi adquirida por sugestão de Pietro Bardi. Aliás, o marchand foi o mesmo que, ao lado de Assis Chateaubriand, fundou o MASP.

4. Jantares memoráveis

Ema registrava cuidadosamente seus jantares em cadernos que detalhavam desde o cardápio até a louça, flores e toalhas utilizadas. Hoje, a Casa Museu recria essas ocasiões em sua mesa de jantar histórica. Assim, o público revive a atmosfera da época.

Salão da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin
Salão da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

5. Porcelanas imperiais

Entre as relíquias da casa, destaca-se a coleção de porcelanas da Companhia das Índias. Algumas dessas peças, por exemplo, vieram com D. João VI em sua chegada ao Brasil, em 1808.

6. Uma das primeiras imagens do Brasil

Vista de Olinda (1650), de Frans Post, está entre as primeiras representações pictóricas do território brasileiro e faz parte da coleção. Essa obra, portanto, tem valor histórico inestimável.

7. O falsificador espanhol

No quarto principal, duas páginas genuínas do século XVI dividem espaço com falsificações enigmáticas atribuídas ao misterioso “Falsificador Espanhol”. A convivência entre o falso e o autêntico provoca reflexões sobre o valor da arte.

Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin
Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

8. Talhas de Mestre Valentim

Adquiridas na década de 1950, as talhas de madeira esculpidas por Mestre Valentim vieram da antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Rio de Janeiro. Além de decorarem os ambientes, conferem à casa uma conexão direta com o barroco brasileiro.

9. Biblioteca de preciosidades

A biblioteca era um dos ambientes favoritos de Ema. O espaço abriga incunábulos, manuscritos e raridades, como relatos de viajantes estrangeiros sobre o Brasil. Não por acaso, José Mindlin participou da curadoria inicial do acervo.

10. Jardim assinado por Burle Marx

O paisagismo sinuoso do jardim — com destaque para o lago de carpas — é obra de Roberto Burle Marx, um dos maiores nomes da arquitetura paisagística do século XX. O espaço, por sua vez, também serve como extensão das atividades culturais.

Biblioteca da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin
Biblioteca da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

11. Orquídeas premiadas

Apaixonada por flores, Ema Klabin cultivava mais de 400 vasos de orquídeas. Ela chegou a ganhar prêmios por suas espécies raras e registrava meticulosamente todas as florações.

12. Doação ao Hospital Albert Einstein

Poucos sabem, mas Ema foi a responsável pela doação do terreno onde hoje está o Hospital Israelita Albert Einstein. Essa ação mostra seu comprometimento com causas filantrópicas e sociais.

13. 3.500 anos de arte

O acervo da casa percorre um impressionante arco temporal. Para se ter uma ideia, ele vai de uma taça chinesa do século XIV a.C. até uma gravura de Renina Katz, datada de 1987.

14. Um museu nascido do afeto

Sem herdeiros diretos, Ema escolheu transformar sua residência em museu. Dessa forma, garantiu que sua coleção fosse acessível ao público, perpetuando sua paixão pela arte.

Sala de música da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin
Sala de música da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Nelson Kon / Arquivo Casa Museu Ema Klabin

15. Duas casas, um legado

A irmã de Ema, Eva Klabin, também transformou sua residência no Rio de Janeiro em museu. Juntas, essas instituições conectam o legado familiar às cenas culturais de São Paulo e Rio.

16. Protagonismo feminino na cultura

Ema Klabin participou ativamente de conselhos do MASP, MAM-SP e da Bienal de São Paulo. Além disso, colaborou com a criação do Museu Lasar Segall e da Fundação Magda Tagliaferro.

17. Programação contemporânea

A Casa Museu realiza exposições temporárias, cursos, oficinas, palestras e espetáculos. Assim, consegue unir seu acervo histórico a debates e expressões artísticas contemporâneas.

18. Conteúdo gratuito online

Por fim, no site da instituição, é possível acessar publicações como O Caderno de Receitas de Ema Klabin e os Cadernos da Casa Museu. Esse conteúdo digital democratiza ainda mais o acesso ao legado da colecionadora.

Visite e descubra mais

A Casa Museu Ema Klabin está aberta de quarta a domingo. Visitas livres ocorrem das 11h às 17h (com permanência até às 18h), e visitas mediadas são oferecidas em horários fixos. A entrada para o jardim é gratuita.
Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo
Saiba mais: emaklabin.org.br

O post Casa Museu Ema Klabin celebra 18 anos com arte, história e descobertas apareceu primeiro em RSVP.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.