A expectativa de dividendos da Petrobras (PETR4) voltou ao radar dos investidores com força total. De acordo com projeções da XP Investimentos, Itaú BBA e Bradesco, a estatal pode distribuir aproximadamente US$ 460 milhões, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões, apenas neste trimestre. O valor representa um dividend yield médio estimado de 3,6% com base na cotação atual da ação.
A prévia dos resultados operacionais já foi divulgada, mas os números financeiros oficiais devem ser apresentados amanhã, ao meio-dia, com destaque para o fluxo de caixa livre que pode alcançar US$ 3,3 bilhões, fortalecendo a capacidade da companhia de remunerar acionistas de forma robusta.
Lucro forte e fluxo de caixa sustentam dividendos generosos
O cenário para a Petrobras é favorável. A empresa mantém uma posição sólida de caixa, com boa geração de lucros e forte desempenho financeiro, segundo indicadores do Investing Pro. O valuation segue atrativo, sustentado por múltiplos saudáveis e boa rentabilidade em diversos modelos fundamentalistas.
Com base em uma média estimada de 3,5% de dividend yield no trimestre, é possível que a Petrobras pague algo próximo a R$ 1,10 por ação, o que reforça sua atratividade para investidores de longo prazo. Analistas, no entanto, alertam que o payout pode ser mais contido do que nos anos anteriores — com projeções de 15% a 18%, abaixo dos 25% a 152% registrados entre 2022 e 2023.
Comparativo: Petrobras, PetroRecôncavo e PRIO
Embora o tamanho da Petrobras dificulte comparações diretas, algumas concorrentes do setor também se destacam. A PetroRecôncavo (RECV3), por exemplo, apresenta crescimento de receita de 19% e um P/L de 7,5 — mais descontado que o da Petrobras, que está em 11. Já a PRIO (PRIO3), combina o menor P/L (2,6) com o maior crescimento de receita entre as três, além de ter um potencial de valorização de 36%.
Em termos de retorno, a Petrobras acumula um dividend yield de 13,55% nos últimos 12 meses, o que reforça sua posição como uma das maiores pagadoras da Bolsa. Mas, no quesito “upside”, algumas concorrentes se destacam mais, como a própria PRIO e a PetroRecôncavo.
Expectativas para os próximos trimestres e influência do Brent
Apesar do bom desempenho no 1T25, o preço do petróleo Brent pode impactar os números dos próximos trimestres. O barril já operou abaixo de US$ 60, mas recentemente voltou a subir, ficando na faixa de US$ 70 a US$ 72, o que mantém a lucratividade acima do “break-even” estimado da Petrobras. O Brent registrou alta de 1,81% no dia, sinalizando um possível alívio nas margens da companhia para o próximo balanço.
Movimento dos controladores e recompra de ações
O comportamento dos controladores da Petrobras também chama atenção. Nos últimos meses, o movimento foi de estagnação, com poucas compras relevantes e pequenas vendas registradas, especialmente no conselho de administração. A ausência de recompra de ações pode indicar cautela, embora não represente necessariamente falta de confiança.
Painel inteligente aponta valuation atrativo para Petro
A ferramenta de análise inteligente utilizada pelo canal Investing Pro aponta que as ações PETR4 ainda oferecem potencial de valorização de até 20%, segundo modelos como Graham e Greenblatt. Além disso, os filtros de “ações baratas com bons dividendos” indicam oportunidades não apenas em Petrobras, mas também em empresas com potencial de valorização acima de 100% e dividend yield superior a 10%.
A ferramenta, atualizada diariamente, apresenta uma alternativa prática e eficiente para investidores identificarem boas oportunidades com base em filtros como liquidez, dividendos e múltiplos de valuation.
Petrobras ainda é uma das favoritas da Bolsa
Mesmo com eventuais ajustes na política de dividendos, a Petrobras continua sendo uma das queridinhas do investidor brasileiro, especialmente pelo seu dividend yield elevado, fluxo de caixa robusto e potencial de valorização.
Com o anúncio dos resultados do 1T25 prestes a sair, o mercado acompanha com atenção os desdobramentos que podem reforçar a atratividade da ação. Investidores que buscam retorno recorrente e estabilidade seguem atentos à gigante do setor de energia.
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