O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a usar suas redes sociais para lançar uma proposta com forte impacto econômico e político: ele afirmou que irá assinar uma ordem executiva para reduzir em até 59% os preços dos medicamentos no país. A medida, segundo ele, busca aliviar o custo de vida da população e reforçar sua crítica à condução da política monetária pelo Federal Reserve.
A declaração foi feita antes mesmo de qualquer pronunciamento oficial, em um típico movimento de antecipação que Trump costuma adotar para pautar o debate público e ganhar protagonismo. O anúncio já repercutiu no mercado: ações de grandes farmacêuticas caíram no pré-mercado norte-americano, refletindo a apreensão sobre o impacto financeiro da possível medida.
Medicamentos como nova frente no combate à inflação
Trump argumenta que os preços de bens essenciais como gasolina, energia e alimentos já caíram, e que a redução dos preços de medicamentos é o próximo passo para combater o que ele considera ser uma inflação já controlada — embora esse ponto seja alvo de divergência entre analistas e o próprio Federal Reserve.
Ao prometer essa redução significativa, o ex-presidente reforça sua narrativa de que o Fed está sendo excessivamente cauteloso ao manter os juros elevados. Para Trump, a inflação atual não justificaria a demora nos cortes da taxa básica de juros, e medidas como essa ordem executiva seriam suficientes para estabilizar os preços no país.
Falta de detalhes gera incertezas no mercado
Embora a promessa seja ambiciosa — uma redução de quase 60% no custo dos medicamentos —, ainda não foram divulgadas informações concretas sobre como o governo pretende viabilizar esse corte sem comprometer a sustentabilidade do setor farmacêutico. A ausência de dados técnicos ou estimativas sobre o impacto fiscal e operacional da medida contribui para o ceticismo de investidores e especialistas em saúde pública.
Enquanto isso, o mercado financeiro reage: ações de grandes laboratórios e fabricantes de medicamentos vêm registrando quedas, em antecipação a possíveis medidas que possam restringir lucros ou impor controles de preço mais rígidos.
Embate político com o Federal Reserve
Além de ter um efeito direto sobre o bolso do consumidor americano, a proposta também funciona como mais um capítulo na longa disputa entre Trump e o Federal Reserve. O ex-presidente não economiza críticas ao atual presidente do Fed, Jerome Powell, a quem acusa de manter os juros altos mesmo diante de uma suposta estabilização da inflação.
Trump já se manifestou publicamente diversas vezes pedindo cortes agressivos nas taxas de juros, defendendo que a economia americana precisa de estímulo e que o Fed estaria “retardando” a retomada do crescimento.
Expectativa por detalhes da ordem executiva
O anúncio formal da ordem executiva é aguardado para os próximos dias, e deve trazer mais clareza sobre os mecanismos de controle de preços, impactos esperados e eventuais subsídios que possam ser empregados para amortecer a queda no faturamento das farmacêuticas.
A medida, caso implementada, poderá alterar profundamente a dinâmica do setor de saúde nos Estados Unidos, além de se tornar uma peça-chave da narrativa de campanha de Trump — que busca retornar à presidência nas próximas eleições com a promessa de combater o “custo de vida alto” do americano médio.
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