Um casal foi preso suspeito de torturar e matar, durante um ´tribunal do crime’, João Paulo da Silva Goes, de 26 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí, no dia 29 de outubro de 2024. De acordo com informações da Polícia Civil do Piauí, o homem, que teve o mandado de prisão cumprido no sistema prisional, e a mulher decidiram fazer ‘justiça’ com as próprias mãos após o rapaz ser acusado de estuprar o enteado. “A organização criminosa acreditava que ele tinha estuprado o enteado e como forma de punição ele passou pela ‘disciplina’ da facção e foi condenado à morte. Descobrimos que ele foi morto a facadas, em uma boca de fumo e depois levado para outro local”, explicou o delegado Abimael Silva.Entretanto, durante as investigações, a polícia comprovou não ter tido violência sexual contra a criança e que João era inocente. O corpo dele foi encontrado carbonizado, no dia 29 de outubro, em uma estrada vicinal próximo à extensão da Avenida Doutor João Silva Filho, um acesso ao ponto turístico Lagoa do Portinho. Suspeita de estuproAo G1, a polícia contou que, após o corpo de João ser encontrado, durante o reconhecimento, o irmão dele contou que a morte dele poderia ter sido por vingança, já que, na época, o rapaz era acusado de estupro.João passou a ser suspeito do crime, depois que a mãe da criança o levou ao hospital e, na unidade de saúde, foi informada de que o filho tinha lesões nas partes íntimas. O alerta foi feito por profissionais, que disseram que os ferimentos poderiam ter sido ocasionados por violência sexual.João foi morto a facadas dias depois da acusação. O laudo do exame de corpo e delito da criança saiu nos dias seguintes e apresentou o resultado negativo para estupro. A causa da lesão no menino não foi esclarecida.
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O crime contra JoãoJoão foi sequestrado por integrantes de uma facção criminosa e levado para uma casa no bairro Frei Higino. No local, que era usado como ponto de consumo e venda de drogas, segundo a polícia, também era usado para fazer o ‘julgamento’.”Tinha um pedaço de madeira no quintal que também tinha manchas de sangue da vítima e de outras pessoas, que não foram identificadas. Isso aponta que o local era onde acontecia o tribunal do crime, ou seja, era utilizado para tortura”, afirmou o delegado Abimael.A mulher e companheiro, que já estava preso por envolvimento em outros crimes, seguem à disposição da Justiça.