Ibovespa se mantém acima dos 138 mil pontos após queda

Mesmo com o impacto negativo das ações da Petrobras e da Azul, o Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (15) com queda de 0,39%, mantendo-se em 138.205 pontos. O índice continua a demonstrar resiliência, apoiado por movimentos técnicos e expectativas macroeconômicas em meio ao cenário internacional instável.

Ações da Azul desabam com prejuízo bilionário

O principal destaque negativo do dia foi a companhia aérea Azul (AZUL4), que viu suas ações despencarem mais de 14% após a divulgação de um prejuízo bilionário no balanço do primeiro trimestre. O resultado ruim afetou o humor do mercado e puxou o setor de transporte para baixo.

Petrobras também pressiona o índice

Outro fator que pesou sobre o Ibovespa foi a queda nas ações da Petrobras (PETR4), influenciadas por movimentos no mercado internacional de petróleo e pela expectativa de menor distribuição de dividendos após declarações recentes da diretoria da estatal. A incerteza em torno da política de preços da companhia também tem aumentado a volatilidade.

Natura lidera as altas do dia

Na contramão, a ação da Natura (NTCO3) foi o grande destaque positivo, subindo 7,2% após notícias de reestruturações internas e possíveis vendas de ativos. O movimento foi impulsionado por investidores que enxergam na empresa potencial de recuperação e geração de valor no médio prazo.

Dólar sobe com influência dos juros americanos

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,63, com alta de 0,46%, refletindo a valorização global da moeda americana. A alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos — especialmente os de 10 anos, que superaram os 4,5% — tem pressionado o câmbio e limitado o apetite por risco em mercados emergentes como o Brasil.

Curva de juros brasileira acompanha os EUA

Apesar da divulgação de dados fracos do setor de serviços no Brasil em março, os contratos futuros de juros (DI) passaram por ajustes para cima, com investidores pedindo mais prêmio. O movimento é fortemente influenciado pela chamada “curva mãe” — os juros americanos — que tem subido de forma contínua nos últimos dias.

A incerteza quanto à política monetária nos Estados Unidos, somada à retórica eleitoral de Donald Trump e a menor atratividade dos títulos americanos em relação a ativos reais como o ouro, tem alimentado a volatilidade global.

Reconhecimento internacional ao CEO do iFood

Em meio ao noticiário econômico, uma notícia positiva para o Brasil veio dos Estados Unidos: Fabrício Bloisi, CEO da Prosus — controladora do iFood —, foi homenageado em Nova York como “Personalidade do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. A premiação reconhece seu papel de liderança no avanço da tecnologia na América Latina, com foco em inovação, educação e sustentabilidade.

Perspectivas para o mercado

Analistas seguem atentos ao desempenho das grandes empresas brasileiras, às sinalizações do Banco Central sobre política monetária e ao andamento das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que ganharam novo fôlego com acordos de redução tarifária.

O cenário ainda é de cautela, mas o Ibovespa tem mostrado força técnica para sustentar o patamar acima dos 138 mil pontos, com investidores buscando oportunidades pontuais em papéis descontados e de empresas com bom potencial de recuperação no segundo semestre.

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