Células ‘zumbis’ aceleram o envelhecimento da pele; saiba como tratar

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Pesquisas recentes indicam que o acúmulo de células senescentes — conhecidas como “células-zumbis” — pode ser uma das principais causas de inflamação crônica, manchas e envelhecimento precoce da pele. Essas células não funcionam mais como deveriam, mas também não são eliminadas pelo organismo. Como resultado, continuam liberando substâncias inflamatórias que danificam os tecidos saudáveis ao redor.

De acordo com a farmacêutica Patrícia França, gestora científica da Biotec Dermocosméticos, esse processo é conhecido como senescência celular. “Com o passar dos anos, as células perdem a capacidade de se dividir. No entanto, continuam ativas no sentido de promover inflamação, o que prejudica diretamente a saúde e aparência da pele”, afirma.

Além disso, esse processo pode ser agravado por fatores como poluição, exposição solar excessiva, estresse, alimentação inadequada e até privação de sono. Ou seja, tanto elementos internos quanto externos contribuem para a multiplicação das células-zumbis.

Cigarro e vape: vilões silenciosos da pele jovem

Enquanto muitas pessoas associam o cigarro apenas a problemas respiratórios, seu impacto na pele também é profundo. Segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o cigarro e o vape aumentam significativamente a formação dessas células danificadas.

“O cigarro reduz a oxigenação da pele e aumenta a produção de radicais livres. Como consequência, surgem rugas, palidez, flacidez e uma aparência opaca”, explica. “O vape, por outro lado, é igualmente prejudicial. Mesmo sendo visto como ‘mais moderno’, ele contém substâncias inflamatórias que aceleram o envelhecimento cutâneo.”

Novos cosméticos enfrentam as células-zumbis

Felizmente, o avanço da ciência cosmética oferece novas formas de combater esse problema. Hoje, já existem produtos com ingredientes chamados senolíticos, que têm a capacidade de eliminar células senescentes.

Um exemplo é o Sustent C, da marca Ada Tina. Trata-se de um sérum com vitamina C, melatonina e quercetina — um potente antioxidante de origem vegetal. “Ele foi desenvolvido para peles maduras e menopausadas, com o objetivo de clarear manchas, reduzir rugas e restaurar a firmeza da pele”, explica o farmacêutico Maurizio Pupo, CEO da Ada Tina. “A quercetina, inclusive, tem ação direta sobre as células-zumbis.”

Tratamento completo: tópicos e suplementos

Além dos cosméticos de uso tópico, também é possível complementar o tratamento com nutracêuticos, ou seja, suplementos que atuam de dentro para fora. Segundo Patrícia França, essa abordagem integrada aumenta os resultados.

“O ativo Scutaline® combate a inflamação causada pelas células-zumbis e protege o colágeno e a elastina”, detalha. “Já os suplementos Desmovit®, rico em enzimas antioxidantes como SOD e Glutationa, e FC Oral®, que contém ômega 3 e vitamina E, ajudam a neutralizar os radicais livres e reduzem os danos sistêmicos causados pela inflamação.”

Procure orientação especializada

Por fim, é importante lembrar que cada pele tem necessidades específicas. Portanto, antes de iniciar qualquer tratamento, é essencial consultar um dermatologista. “Somente um profissional poderá indicar os produtos ideais para o seu tipo de pele e acompanhar os resultados de forma segura”, reforça Patrícia.

Fontes:
Dra. Claudia Marçal – Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. Proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP. Instagram: @draclaudiamarcal

Patrícia França – Farmacêutica, bioquímica e gestora científica da Biotec Dermocosméticos. Professora universitária, palestrante em congressos médicos e membro honorário da Asociación Médica Boliviana Ortomolecular.

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