RBRY11 mantém dividendos de R$ 1,50 e reforça estratégia em CDI ancorado

O fundo imobiliário RBRY11, da gestora RBR Asset, segue entregando R$ 1,50 por cota pelo terceiro mês consecutivo, consolidando um patamar de estabilidade nos dividendos que foge do padrão histórico mais volátil do fundo. Com cotas negociadas entre R$ 95 e R$ 100, o FII de papel segue chamando atenção pelo potencial de renda passiva com foco em crédito estruturado.

Atualmente, o fundo possui 49 CRIs na carteira, com patrimônio líquido de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e cerca de 60 mil cotistas. Sua alocação é predominantemente em ativos indexados ao CDI (82%), com taxas médias de CDI+4,2% e IPCA+12% sobre o valor patrimonial.

Aposta certeira no CDI e novas alocações

Enquanto outros FIIs correram para a inflação em 2023, o RBRY11 nadou contra a maré e reforçou sua exposição ao CDI, movimento que agora colhe frutos com a Selic em alta. A estratégia se refletiu também em novas operações, com investimentos de R$ 64 milhões em abril:

  • Tarjab Cariná (CDI+4,75%) — residencial de alto padrão em Indianópolis (SP);

  • Baronesa e Jardim Europa (CDI+3,7%) — operação de home equity;

  • Aurora Pernambuco (CDI+5%) — empreendimento da construtora regional Aurora, forte no mercado recifense.

Operações ancoradas: diferencial competitivo da RBR

Um dos destaques da gestão é que 98% da carteira é composta por CRIs originados, estruturados e investidos pela própria RBR. Isso significa que as operações nascem dentro da casa, com alto grau de controle e poder de negociação, o que se traduz em melhores taxas, menor risco e maior previsibilidade.

Reserva estratégica e consistência nos pagamentos

Apesar de ter utilizado reservas para complementar a distribuição — gerou R$ 11,1 milhões e pagou R$ 13,4 milhões —, o fundo ainda mantém reserva acumulada de R$ 0,27 por cota. No acumulado de 2025, foram R$ 42 milhões gerados e R$ 40 milhões pagos, evidenciando um cenário saudável e sustentável.

Estrutura da carteira e estratégias da RBR

O portfólio do RBRY11 é dividido entre as três frentes tradicionais da gestora:

  • Core: base estável e recorrente da carteira;

  • Tático: operações com maior potencial de retorno e giro;

  • Liquidez: caixa e ativos líquidos para movimentações rápidas.

A alocação histórica mostra um crescimento contínuo da exposição ao CDI, estratégia que se mostrou vencedora frente às mudanças de juros no último ano.

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