Risco de apagão acende alerta para retorno de horário de verão

O risco de correr uma apagão no país levou o governo brasileiro a voltar a discutir a possibilidade de implantar o horário de verão em 2025. As discussões acontecem após o cancelamento do leilão de reserva de capacidade previsto para acontecer em junho.Com a suspensão do certame, a gestão teme que haja risco de déficit no atendimento dos picos de demanda por eletricidade no segundo semestre do ano, segundo informações do portal UOL.O assunto começou a ser discutido ainda no ano passado após a recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica, recomendar o retorno do horário de verão.

Leia Também:

Horário de verão não volta neste ano, confirma governo

Horário de verão: Salvador não adere a mudança há 13 anos

Horário de verão deve ser decidido pelo governo nesta quarta

Você é a favor? Governo decide nesta terça retorno do horário de verão

Isso porque no estudo feito pelo instituto mostrava que o horário ajudava a minimizar a chamada “rampa da carga” entre 18h e 19h, ou seja, o horário no fim do dia em que o país perde a geração solar fotovoltaica, mas o consumo de energia elétrica cresce. Deste modo, o ajuste dos relógios poderia atrasar a demanda máxima.DiscussãoO assunto veio à tona em outubro do ano passado. Contudo, após reunião entre a ONS e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o assunto foi descartado.”Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira.”Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025″, prosseguiu.Apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas.Caso a medida fosse adotada, haveria pouco tempo para que setores importantes da economia se adequassem às suas operações. O horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano.Salvador não adere a mudança há 13 anosSalvador não adota o horário de verão desde 2011, após um intervalo de oito anos sem a medida.Extinto em 2019, o horário de verão visa reduzir o consumo de energia elétrica entre o fim da tarde e o início da noite, aproveitando melhor a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora.O governo esclarece que a medida costuma ter pouco impacto nas regiões Norte e Nordeste, sendo mais aplicável nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, o que diminui as chances de que Salvador seja afetada.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.