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Para o pediatra Samir Nahass, a preocupação em lares com crianças deve ser reforçada mesmo até elas completarem três anos de idade, quando correm mais riscos.“A criança é um ser em processo de formação, vulnerável do ponto de vista biológico, e os sapatos trazem consigo muitos microrganismos da rua”, observa o médico, que destaca a necessidade de cuidados com crianças prematuras ou com alguma patologia (o que vale também para adultos), incluindo a higienização das mãos e o uso de máscaras.Além de dar o exemplo, o médico aconselha aos pais a explicar de forma simples e clara os motivos para as crianças, dizendo, por exemplo, que é “para não trazer os bichinhos da rua para dentro de casa”. Mas ele recomenda uma dose de bom senso.“Em algumas situações sociais, como visitas rápidas e ambientes externos dentro de casa pode-se ter um pouco mais de flexibilidade, sem comprometer a segurança geral”, pontua doutor Samir, que é coordenador de neonatologia do hospital Mater Dei Salvador e Emec, em Feira de Santana.Risco é baixo, mas hábito é recomendado, diz infectologistaAté porque, observa o médico, vírus e bactérias fazem parte da vida de todo mundo. E no caso dos recém-nascidos, outras preocupações fazem mais sentido, como mantê-los longe de lugares de grande circulação de pessoas, a exemplo dos shoppings ou restaurantes. Já para os maiores, vale reforçar a limpeza de tapetes ou áreas em que as crianças costumam brincar.Mesmo adotando o hábito de tirar os sapatos sempre que chega em casa, a infectologista Lorena Galvão afirma que o risco de contaminação que eles trazem, para crianças e adultos saudáveis, é bem pequeno. “Os sapatos podem carregar sim, diferentes microrganismos e substâncias, mas o perigo de contaminação é muito baixo, a menos que as pessoas circulem em ambientes como clínicas ou hospitais”, reforça a especialista, que atua no Hospital da Bahia e na Clínica AMO. A exceção vai para pessoas transplantadas ou em tratamentos de doenças graves como câncer.Segundo a médica, outros objetos dentro de casa são mais perigosos, como o celular e a mochila. O primeiro, diz, também carrega coliformes fecais, principalmente os de quem costuma levá-los ao banheiro. E são tranquilamente colocados em cima da mesa, às vezes ao lado do prato, e na cama. Já as mochilas, alerta a infectologista, costumam ser deixadas no chão nos espaços mais variados – até em banheiros públicos – e depois repousarem tranquilas em sofás e camas.8 dicas para quem tem crianças em casa:O pediatra Samir Nahass, coordenador de neonatologia do hospital Mater Dei Salvador e Emec, em Feira de Santana, enumera algumas dicas preciosas de higiene e cuidados para quem tem criança em casa 1. Estabelecer uma “zona limpa”: definir uma área logo na entrada da casa para deixar os sapatos da rua.2. Utilizar calçados de uso exclusivo dentro de casa, como Chinelos, pantufas ou meias antiderrapantes. .3. Limpar regularmente os sapatos: para sapatos que não podem ser lavados, utilizar panos úmidos com álcool 70% ou produtos de limpeza específicos.4. Manter a regra consistente dentro de casa é fundamental para a criança.5. Dialogar com outras famílias. Conversar com pais de outras crianças sobre práticas de higiene.6. Tornar a prática lúdica: criar um “jogo” de tirar os sapatos, com um cesto divertido ou um tapete com desenhos.7. Higienizar as mãos: reforçar a importância de lavar as mãos das crianças (e dos adultos) ao chegar em casa.8. Dedicar atenção especial a áreas de brincar: se a criança brinca em um tapete ou área específica, considerar a limpeza regular dessa superfície.