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No 5° ano, os alunos participam do projeto Helyos Life Game. “Durante o ano letivo, os alunos formam equipes que representam famílias em um jogo da vida. O objetivo principal é resolver desafios que envolvem temas como fontes de renda, orçamento, gasto com consciência, tipos de investimentos, como proteger seu dinheiro, impactos do consumismo e crédito. Ao final do jogo, a equipe que obtiver mais saldo, investimentos e patrimônio é a vencedora”, explica a coordenadora.No final do Ensino Fundamental I, o conceito de orçamento e responsabilidade entra em cena. Gráficos e tabelas ajudam a tornar as comparações mais visuais. “É quando o jovem começa a entender que toda escolha tem um custo”, afirma Márcia Silva.No Ensino Fundamental II, com adolescentes entre 11 e 14 anos, o foco pode ser orçamento pessoal, metas financeiras, juros e noções do sistema bancário, segundo Márcia Firmino.“Também é o momento ideal para discutir o consumo consciente e a influência da publicidade”, diz.No Ensino Médio, geralmente dos 15 aos 17 anos, Márcia Firmino sugere aprofundar conteúdos como crédito, endividamento, investimentos, impostos e empreendedorismo. “É importante conectar os temas à realidade dos jovens, abordando assuntos como planos de carreira, independência financeira e projetos de vida”.Por que a falta de educação financeira prejudica jovens ao sair do ensino médioPara o professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), Naércio Aquino Menezes Filho, a ausência de educação financeira compromete a formação dos jovens.“Os alunos acabam tendo muita dificuldade, quando concluem o ensino médio, para entender e aplicar os conceitos de educação financeira no seu dia a dia”, avalia o professor.Segundo ele, a dificuldade do brasileiro em pagar contas, calcular juros ou investir é reflexo direto da falta de preparo nas escolas. “Seria interessante adicionar, dentro das disciplinas existentes, como matemática e geografia econômica, os conceitos financeiros básicos”, propõe.Entre os conteúdos que deveriam ser priorizados, Menezes Filho cita o cálculo de juros simples e compostos, além de exemplos de aplicações acessíveis à população. Mas ele alerta: “Só incluir esses estudos no currículo não garante que eles cheguem efetivamente aos alunos. A ausência de gestão pública, a falta de professores qualificados e o desinteresse estudantil ainda fazem parte da realidade da educação pública no Brasil.”Sob a supervisão do editor Fábio Bittencourt