O fundo imobiliário BB Premium Malls (BBIG11) divulgou seu novo relatório gerencial com dados relevantes sobre o desempenho recente e a expansão do portfólio. Com um dividend yield de 14,23% nos últimos 12 meses e cotado a aproximadamente R$ 7, o fundo se destaca entre os FIIs base 10 do segmento de shoppings.
Com a recente aquisição de participações nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, o BBIG11 passa a contar com três ativos de alto padrão em seu portfólio, reforçando sua tese de geração de renda com imóveis localizados em regiões nobres e voltados ao público de alta renda.
Dividendos estáveis e valorização potencial
Nos últimos 12 meses, o fundo manteve uma distribuição média acima de R$ 0,08 por cota, com o último pagamento em 15 de maio de R$ 0,083, representando mais de 1% ao mês. O fundo negocia com um desconto de cerca de 26% em relação ao seu valor patrimonial (P/VP de 0,74), o que sugere potencial de valorização até o preço justo estimado em R$ 9,54.
O BBIG11 já conta com quase 30 mil cotistas e possui uma vacância de apenas 1,90%, demonstrando boa ocupação dos imóveis. Seu patrimônio atual é de R$ 945 milhões, com liquidez diária em torno de R$ 800 mil.
Novos ativos fortalecem a geração de receita
Até abril, o fundo tinha como principal ativo o Shopping Rio Sul, que registrou alta de 12,3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Com a entrada dos novos ativos — 14,65% do Pátio Higienópolis e 18,52% do Pátio Paulista —, o portfólio foi reforçado com shoppings de grande porte e excelente localização, administrados pela Iguatemi, referência no setor.
A área locável dos novos shoppings ultrapassa 76 mil m², com centenas de lojas, salas de cinema, praças de alimentação e forte fluxo comercial, situando-se em regiões centrais de São Paulo.
Receita acumulada sustenta dividendos
Embora em abril o resultado líquido tenha sido de R$ 5,9 milhões, o fundo distribuiu R$ 8,2 milhões graças ao uso de resultados acumulados de meses anteriores. Essa estratégia tem mantido o nível de rendimentos, mesmo com aumento de despesas e compromissos financeiros com as novas aquisições.
Riscos com alavancagem e alternativas para 2026
Apesar da qualidade do portfólio, o fundo terá que reestruturar sua dívida até 2026. O relatório aponta que o caixa atual não será suficiente para cobrir as obrigações previstas, o que pode levar a emissões de novas cotas ou à venda parcial de ativos. A gestão admite a possibilidade de realizar ambas as estratégias de forma combinada, visando preservar o equilíbrio financeiro.
O BBIG11 contraiu um CRI de R$ 240 milhões com vencimento em 2035 e tem parcelas a pagar relacionadas às aquisições recentes. A gestão afirma que qualquer eventual venda poderá resultar em ganho de capital distribuível aos cotistas.
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