A economia brasileira apresentou um desempenho acima das projeções no primeiro trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira. Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador registrou crescimento de 1,3% no acumulado do trimestre e alta de 0,8% em março frente a fevereiro resultado que surpreendeu os analistas do mercado, que esperavam um avanço mais modesto.
Os dados do IBC-Br revelam uma economia que segue avançando, apesar do ambiente de juros elevados. Em fevereiro, o crescimento mensal havia sido de 0,4%, o que mostra uma aceleração significativa em março. Para os economistas, o resultado indica que a atividade segue aquecida, contrariando previsões de desaceleração no início do ano.
Agro e indústria impulsionam o crescimento
O desempenho positivo da economia no trimestre foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que cresceu 6,1% no período. A recuperação da safra, favorecida pelas condições climáticas após dois anos de perdas, foi determinante para esse avanço.
A indústria também mostrou força, com alta de 1,6% no trimestre, enquanto o setor de serviços, o maior da economia brasileira, teve crescimento de 0,7%, mantendo uma trajetória positiva, ainda que mais modesta.
Sinal de alerta para inflação
Embora o crescimento traga impactos positivos como geração de emprego e renda, ele também acende um sinal de alerta para o Banco Central. Com a atividade econômica mais aquecida, aumenta o risco de pressões inflacionárias, o que pode dificultar uma redução consistente da taxa básica de juros (Selic) no curto prazo.
O desempenho acima do esperado pode influenciar decisões futuras da política monetária, especialmente em um momento em que o mercado monitora de perto os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom).
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