De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, o uso do cinto de segurança reduz em até 60% o risco de morte ou ferimentos graves para quem está no banco da frente no momento de uma colisão no trânsito. No banco de trás, a proteção é de 44%. Neste mês, várias ações ocorrem em todo o país para conscientizar os condutores sobre esses e outros cuidados.
Em meio ao movimento “Maio Amarelo”, o Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu nesta quarta-feira (21) a ação “Desacelere: seu bem maior é a vida”. As ações seguem ao longo do mês de maio e, nesta quinta-feira (22), estarão na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.
No aeroporto, a iniciativa ofereceu diversas atividades interativas para o público que passou pelo terminal. Entre as atrações, o simulador de impacto, óculos 3D que simulam os efeitos do álcool e das drogas, além de blitz educativa e apresentações teatrais com foco na prevenção de acidentes.
No simulador de impacto, o usuário experimenta a simulação de uma colisão real, sentado em um banco de veículo que colide. A atividade demonstra de forma segura como o uso do cinto de segurança protege o passageiro, permitindo que ele sinta o impacto repentino que ocorreria em um acidente de verdade.
Segundo Fernando Sette, assessor de educação para o trânsito da Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG), o simulador — desenvolvido pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) — tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do uso do cinto de segurança. A reportagem do BHAZ testou o simulador. Veja no vídeo abaixo:
“Normalmente, quando estamos em um avião e a comissária de bordo pede para colocarmos o cinto, atendemos prontamente. No entanto, ao desembarcar, muitas vezes, entramos em um ônibus, táxi, carro por aplicativo ou até mesmo no nosso próprio veículo e esquecemos de usar o cinto, principalmente no banco traseiro”, explica Sette.
Ainda de acordo com o assessor da CET-MG, o aparelho simula um impacto a aproximadamente 40 km/h — velocidade comum em vias de bairros. “A pessoa entra no simulador já com o cinto de segurança afivelado. Mesmo nessa velocidade, é possível sentir a força do impacto. Agora imagine: ao sair do aeroporto, pegamos vias em que a velocidade pode chegar a 110 km/h. Em caso de colisão, as consequências são muito mais graves”, alerta Sette.
Infrações
Em 2024, conforme a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG), os órgãos de trânsito atuantes em Minas Gerais registraram 125.281 infrações por parte de condutores que não utilizavam o cinto de segurança. Entre os passageiros, foram contabilizadas 14.505 infrações pelo mesmo motivo.
Somente até maio deste ano, já foram registradas 49.680 infrações cometidas por motoristas que deixaram de usar o cinto. No caso dos passageiros, o número chegou a 6.626 registros.
Além do simulador, o público também pode viver na prática, por meio da realidade virtual, o que seria estar sob efeito de drogas e álcool. Os óculos 3D simulam a sensação dos entorpecentes e ensinam sobre os riscos de se dirigir ou mesmo caminhar na rua sob esses efeitos.
Segundo Daniel Miranda, CEO do BH Airport, que administra o aeroporto, promover as ações do Maio Amarelo reforça o compromisso da empresa com a segurança. “Todos os dias, mais de 35 mil pessoas circulam por aqui. Elas utilizam diferentes meios de transporte — como ônibus, carros por aplicativo, veículos particulares e táxis — para chegar até o aeroporto. A segurança começa antes mesmo do embarque”, destacou.
A ação desta quinta-feira (21) foi realizada pelo BH Airport em parceria com diversos órgãos de trânsito e segurança do Governo de Minas Gerais.
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