O crescimento do mercado de criptomoedas tem levantado uma pergunta cada vez mais frequente entre investidores: faz sentido incluir Bitcoin ou outras criptos em uma carteira previdenciária? A resposta, segundo especialistas e investidores experientes, é sim — desde que com moderação e foco na diversificação.
O que é uma carteira previdenciária?
O objetivo de uma carteira previdenciária é simples: garantir que, no futuro, o investidor consiga manter seu padrão de vida, utilizando o patrimônio acumulado ao longo dos anos. Para isso, dois pontos são essenciais:
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Proteção do poder de compra: defender-se da corrosão causada pela inflação.
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Geração de renda passiva: criar fontes de rendimento para o período da aposentadoria.
Tradicionalmente, esse tipo de carteira inclui ativos como ações de empresas sólidas, fundos imobiliários, títulos atrelados à inflação e investimentos internacionais. No entanto, as criptomoedas vêm ganhando espaço como uma nova forma de reserva de valor.
Bitcoin como proteção contra a inflação
Segundo a análise, o Bitcoin pode funcionar como uma proteção adicional contra a inflação e a desvalorização das moedas fiduciárias, devido à sua oferta limitada e descentralizada. Assim, faz sentido alocar uma pequena parte do portfólio previdenciário em criptomoedas.
A recomendação mais prudente é que essa exposição seja de 5% a 7% da carteira. Esse percentual reduz os riscos associados à volatilidade típica do Bitcoin, enquanto permite ao investidor participar dos ganhos potenciais desse ativo emergente.
Como investir em Bitcoin de forma previdenciária?
Existem diferentes formas de incluir Bitcoin na estratégia previdenciária:
1. ETF de Bitcoin
Uma das formas mais seguras e práticas para quem não domina o universo cripto é investir via ETF (Exchange Traded Fund). O destaque fica para o IBIT, da BlackRock, que replica a performance do Bitcoin, permitindo exposição direta ao ativo com a segurança e regulação das bolsas tradicionais.
Vantagens:
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Facilidade de compra e venda via corretoras tradicionais.
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Gestão profissional e segurança institucional.
Desvantagens:
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Não há custódia direta do ativo, ou seja, não é possível armazená-lo em uma hard wallet.
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Mercado funciona em horário comercial, sem a negociação 24/7 típica do Bitcoin.
2. Compra direta de Bitcoin
Para quem deseja maior controle, é possível comprar Bitcoin diretamente, por meio de corretoras especializadas como a Coinfury. A plataforma oferece vantagens como:
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Spread zero no câmbio, garantindo que o valor enviado em reais seja convertido integralmente para dólares.
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Compra e venda 24 horas por dia, todos os dias da semana.
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Possibilidade de converter o saldo em dólar para Bitcoin e transferir para uma hard wallet, aumentando a segurança e a autonomia sobre os ativos.
Estratégia recomendada: diversificação
O ideal, segundo a análise, é adotar uma estratégia híbrida:
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Parte do capital investida em ETFs, pela facilidade e segurança.
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Parte alocada na compra direta de Bitcoin, para quem deseja mais controle e está disposto a aprender sobre o armazenamento seguro em carteiras digitais.
Essa diversificação permite mitigar riscos, maximizar oportunidades e garantir que o investimento em criptomoedas cumpra seu papel: proteger o poder de compra e diversificar a carteira previdenciária.
Quanto investir?
O tamanho da posição em Bitcoin deve variar conforme o perfil do investidor, seus objetivos e grau de conhecimento. Para quem está começando, uma alocação entre 5% a 7% da carteira é considerada adequada, mantendo o foco principal em ativos mais estáveis e com fluxo previsível de renda, como ações de dividendos e investimentos no exterior.
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