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Foi com a série da Netflix que Wagner Moura alcançou projeção global. Ao interpretar Pablo Escobar, o ator mergulhou na complexidade de um dos personagens mais controversos da história recente. O papel lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro e mostrou ao mundo a força dramática do seu trabalho. Mesmo falando em espanhol, Moura dominou a cena com nuances, presença e carisma.”Eu não era a escolha óbvia para interpretar esse personagem. Eu não falava espanhol. Sou brasileiro, então tive de aprender o idioma e ir para a Colômbia antes de todo mundo [da série]”, disse o ator em uma entrevista.Onde assistir: Netflix2. Tropa de Elite (2007 e 2010) – Direção de José Padilha
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Nenhum outro personagem marcou tanto o imaginário brasileiro quanto o Capitão Nascimento, vivido com intensidade pelo baiano. Tropa de Elite se tornou um fenômeno cultural e político, e os dois filmes se tornaram recordes de bilheteria do cinema nacional. A atuação rendeu diversos prêmios no Brasil e consolidou Moura como ícone de uma geração de atores comprometidos com o realismo, sem contar a parceria com José Padilha, mesmo diretor de Narcos.Onde assistir: Os filmes estão distribuídos nas plataformas Netflix, Globoplay, Max e Amazon Prime Video
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3. Trash – A Esperança Vem do Lixo (2014) – Direção de Stephen Daldry
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Neste drama social rodado no Brasil por uma equipe internacional, Moura interpreta um dos adultos que cruzam o caminho de três meninos catadores de lixo em uma favela. O filme, baseado em livro de Andy Mulligan, tem roteiro de Richard Curtis (Simplesmente Amor) e direção do britânico Stephen Daldry. Moura é o elo que dá gravidade e contexto político à narrativa de esperança e denúncia. Destaque para a atuação ao lado de Selton Mello, outro destaque do cinema brasileiro com Ainda Estou Aqui.Onde assistir: Disponível para aluguel na Apple TV+, Google Play Filmes e Amazon Prime Video4. Ladrões de Drogas (2025) – Produção executiva de Ridley Scott
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Em mais uma produção internacional de destaque, Wagner Moura interpreta Manny, um imigrante brasileiro vivendo nos Estados Unidos, que, ao lado do amigo Ray (Brian Tyree Henry), comete assaltos a traficantes disfarçado de agente do DEA, a famosa polícia antidrogas americana também vista em Narcos. Mas o que poderia facilmente cair no estereótipo do latino envolvido com o crime vira, nas mãos de Moura, uma desconstrução poderosa e cheia de nuances. O ator faz questão de marcar a nacionalidade do personagem em cena, reforçando sua identidade:
Todo personagem que eu faço aqui, eu boto pra ser brasileiro porque eu sou brasileiro. E o Brasil é um país importante no fluxo migratório para os Estados Unidos. É muito raro alguém que escreva um personagem aqui para ser originalmente brasileiro. Então eu quero que seja porque eu sou assim, eu falo desse jeito e com esse sotaque brasileiro. Eu quero que o Brasil seja representado nos personagens que eu faço
Wagner Moura – em entrevista exclusiva ao A TARDE
Onde assistir: Apple TV+5. Saneamento Básico, O Filme (2007) – Direção de Jorge Furtado
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Mostrando sua versatilidade também na comédia, no mesmo ano do baianíssimo Ó Paí, Ó, Moura interpreta Joaquim, um técnico de som atrapalhado que ajuda uma pequena comunidade a filmar um falso documentário para conseguir verbas públicas. A crítica social embutida no humor e a leveza da atuação mostraram um lado diferente de Wagner Moura, provando que ele também brilha fora do drama pesado. Destaque para a parceria com Fernanda Torres, estrela de Ainda Estou Aqui.Onde assistir: Netflix e GloboplayBônus: Marighella (2019)
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Na sua estreia como diretor de longa-metragem, Wagner Moura apresenta um retrato de Carlos Marighella, político, poeta e guerrilheiro que se tornou símbolo da resistência contra a ditadura militar no Brasil. Com um elenco de peso, liderado por Seu Jorge, o filme conta ainda com Humberto Carrão e Bruno Gagliasso em papéis marcantes.Ambientado em um dos períodos mais sombrios da história recente do país, Marighella acompanha a trajetória do líder revolucionário na tentativa de romper o cerco da censura e mobilizar a população contra o regime opressor. A cinebiografia é também um grito político que denuncia os abusos do passado e dialoga com o presente.Onde assistir: Globoplay e Amazon Prime VideoMenção honrosa: Ó Paí, Ó (2007)
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Seria difícil finalizar a lista sem mencionar um filme tipicamente baiano, no qual Wagner contracena ao lado do seu grande amigo, Lázaro Ramos. Ambientado no coração do Pelourinho, em Salvador, Ó Paí, Ó é um marco do cinema brasileiro que mistura comédia, música e crítica social com forte sotaque baiano. Moura, mesmo em um papel coadjuvante, reforça sua ligação com a Bahia, sua terra natal, e com o Bando de Teatro Olodum, grupo responsável pela peça original que inspirou o filme. A atuação coletiva, a trilha sonora coordenada por Caetano Veloso e a ambientação no Centro Histórico tornam Ó Paí, Ó uma verdadeira celebração da brasilidade.Onde assistir: Globoplay e Amazon Prime Video