Taesa (TAEE11) distribui 100% do lucro em dividendos no 1T25 e reforça foco em expansão

A Taesa (TAEE11), referência no setor de transmissão de energia elétrica, reportou lucro líquido regulatório de R$ 188,3 milhões no primeiro trimestre de 2025 e destinou integralmente o montante aos acionistas na forma de dividendos, registrando um payout de 100%. O desempenho reforça a política de distribuição agressiva da companhia, que mira consolidar-se como uma das maiores pagadoras de proventos da Bolsa.

Além disso, o Banco do Brasil avaliou os resultados da empresa com uma nota positiva, destacando novos projetos, maior disponibilidade dos ativos e redução de custos.

Receita e lucro crescem, enquanto custos caem

A receita líquida regulatória da Taesa cresceu 3,8% no 1T25, totalizando R$ 598 milhões, enquanto o lucro operacional (EBITDA regulatório) avançou 6,9%, alcançando R$ 509,6 milhões. Por outro lado, a companhia reduziu seu OPEX regulatório em 10,8%, para R$ 88,3 milhões, o que impacta positivamente sua eficiência operacional.

Apesar desses números, o lucro líquido regulatório apresentou leve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo uma estabilidade dentro do padrão do setor.

Política de dividendos agressiva

A política de distribuição da Taesa passou a ter como referência o lucro líquido regulatório, abandonando o padrão IFRS, considerado mais complexo. Para 2025, a companhia comunicou que sua meta é distribuir entre 90% e 100% desse lucro. Já no primeiro trimestre, o pagamento foi total, reforçando a confiança da empresa na sua geração de caixa e solidez financeira.

O pagamento aos acionistas foi de R$ 188 milhões, equivalente a R$ 0,18 por ação ordinária ou preferencial (TAEE3 e TAEE4) e R$ 0,54 por unit (TAEE11), resultando em um dividend yield bruto de 1,57% no anúncio.

Investimentos acelerados e antecipação de obras

Outro destaque do trimestre foi o forte aumento no CAPEX: R$ 267,9 milhões, um salto de 247% na comparação anual. A cifra reflete a antecipação de obras, como reforços na Nova Trans e a entrada parcial de Pitiguari, que começou a operar 26 meses antes do previsto.

Essas entregas aceleradas elevam a Receita Anual Permitida (RAP) da companhia, que adicionou R$ 38,9 milhões ao seu portfólio, potencializando a geração de caixa futura.

Endividamento sob controle

A dívida líquida da empresa subiu 5% em relação ao 4T24, alcançando R$ 9,5 bilhões, em decorrência da emissão da 17ª debênture verde incentivada no valor de R$ 650 milhões. No entanto, o crescimento do EBITDA compensou o aumento da alavancagem, mantendo os indicadores financeiros equilibrados.

Perspectivas e recomendações

O mercado se mantém cauteloso em relação às ações da Taesa. Banco do Brasil, XP Investimentos e Genial recomendaram manutenção, com preços-alvo entre R$ 34,50 e R$ 36 para o final de 2025, indicando um potencial limitado de valorização.

Ainda assim, a Taesa é vista como um ativo sólido para investidores em busca de previsibilidade e distribuição recorrente de dividendos. A combinação entre expansão da infraestrutura, antecipação de obras e política agressiva de dividendos sustenta sua atratividade no médio e longo prazo.

Qual ação da Taesa comprar?

Entre as opções, a unit (TAEE11) apresenta a maior liquidez e facilita estratégias avançadas, como dividendos sintéticos. Já a ação ordinária (TAEE3) é a mais descontada em termos de valuation, com dividend yield superior a 7,6% e potencial de valorização.

Segundo análise do Ativo Virtual, o preço teto para compra varia conforme o dividend yield desejado: R$ 60,75 para 4%, R$ 44,50 para 6%, R$ 33,37 para 8% e R$ 26,70 para 10%.

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