Idosa hospitalizada por comer torta de frango de padaria sem alvará morre em BH

A idosa de 78 anos, hospitalizada após comer uma torta de frango em uma padaria no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, morreu nesta terça-feira (27). A vítima foi internada em estado grave no dia 22 de abril. O óbito foi confirmado pelos familiares ao BHAZ. Ainda não há detalhes sobre o sepultamento da idosa.

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O caso foi registrado no dia 21 de abril, quando a sobrinha da idosa, de 23 anos, e o namorado da jovem, de 24, comerem empadas e uma torta de frango compradas na Padaria Natália. O casal, que estava visitando a idosa, chegou a retornar ao estabelecimento no mesmo dia para reclamar que os produtos pareciam estragados, recebendo o estorno do valor.

Posteriormente, já em Sete Lagoas, os jovens começaram a passar mal durante a madrugada de terça-feira (22) e foram internados na UTI do Hospital Municipal local com insuficiência respiratória. A tia, que permaneceu em BH, também adoeceu no dia seguinte, sofrendo uma parada cardiorrespiratória – sendo reanimada pelo filho – antes de ser levada à UTI de um hospital particular na capital.

Após os médicos descartarem envenenamento por chumbinho, os internados receberam soro contra botulismo, doença causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Porém, no último dia 20, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) negou a possibilidade de botulismo. Foram analisadas amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos suspeitos.

Exames

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito para determinar a causa exata do mal-estar. Amostras gástricas foram coletadas e enviadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para análise, buscando identificar a presença de toxinas como a botulínica ou resíduos de organofosforados. Segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, nenhuma linha investigativa está descartada no momento.

Versões

O padeiro responsável pela produção dos salgados, um homem de 55 anos e com 40 de experiência que estava em um trabalho temporário de seis dias na padaria, prestou depoimento no dia 23 de abril e negou ter adulterado os alimentos.

Ele afirmou ter levado uma torta similar para casa no sábado anterior, que foi consumida por sua família sem causar problemas. O padeiro também minimizou relatos de uma colega sobre uma ligação telefônica exaltada, onde teria dito que “cometeria uma tragédia”, alegando ser uma discussão com a esposa sem intenção criminosa. Ele levantou suspeitas sobre as condições de armazenamento dos produtos na padaria.

O proprietário do estabelecimento, há seis meses na administração, também foi ouvido e liberado. Ele alegou que as vistorias estavam em dia e confirmou que o padeiro era um contratado temporário recente, com quem teria perdido contato após o incidente.

Interdição

Na manhã de 23 de abril, a Vigilância Sanitária de Belo Horizonte interditou a Padaria Natália. A ação foi motivada pela falta de alvará sanitário e pela constatação de “irregularidades no que se refere a questões de higiene e estrutura sanitária”. Ingredientes foram recolhidos para análise. A prefeitura esclareceu que o Alvará de Localização e Funcionamento estava regular, mas o alvará específico da vigilância sanitária estava pendente.

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