Reunião dos rodoviários nesta quarta define rumo de possível greve

O Sindicato dos Rodoviários e a Associação das Empresas de Transporte de Salvador (Integra), vão se reunir nesta quarta-feira, 28, naquele que pode ser o último encontro antes da deflagração da greve que pode deixar a capital baiana sem ônibus. A reunião acontece no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Nazaré, às 11h.A decisão pela paralisação será colocada em votação durante assembleia da categoria, que vai acontecer às 15h de amanhã, na sede do Sindicato dos Rodoviários. A reunião deve consolidar os últimos preparativos para a greve.

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Entre as principais reivindicações dos rodoviários estão:Reajuste salarial com 5% de ganho real, além da reposição da inflação;Cumprimento das mudanças na escala de folga, que segundo os trabalhadores têm sido alteradas sem aviso prévio;Respeito à jornada máxima de 7 horas diárias, que estaria sendo descumprida por parte das empresas.Contraproposta patronal:15% de contrapartida no valor do ticket alimentação;Retirada de um domingo de folga por mês;Proposta de reajuste salarial de apenas 2,42%;Fim do plano de saúde, alegando a existência do SUSImposição da compensação plena de horas, conforme determina a leiManutenção da jornada parcial.Prefeito apela por entendimentoCom a greve dos rodoviários decretada e o risco de Salvador ficar sem ônibus a partir de quinta-feira, 29, o prefeito Bruno Reis fez um apelo público nesta terça-feira, 27, onde pede um entendimento entre o Sindicato dos Rodoviários e as empresas que atuam no transporte público da capital baiana já na última audiência de conciliação marcada para a quarta-feira, 28.“Conversei ontem à noite e já hoje pela manhã com os empresários que ficam à frente das negociações pela classe patronal, fazendo um apelo para que eles cheguem a um entendimento, esse não é um reajuste que depende da prefeitura, é algo da relação entre empregador e empregado. Amanhã tem a última audiência de conciliação e os empresários já entraram com o dissídio e eu espero que amanhã eles possam se entender”, afirmou o prefeito.Bruno destaca que, caso não haja um entendimento entre as partes, espera que o Tribunal de Justiça da Bahia julgue o caso e determine o que é justo para ambas as categorias.Além disso, o gestor afirmou que já estuda meios para amenizar uma possível falta de ônibus. “Em caso de greve, nós vamos ter um plano de contingência, mas eventualmente ele não atende toda a cidade. A gente vai tentar negociar que parte da frota, inclusive, continue funcionando. Um plano que utiliza o sistema complementar, o sistema de metrô, todos os outros sistemas alternativos ao transporte público. Então vamos tentar negociar para o BRT continuar assim como outros serviços”, informou.

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