O Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano revelou, nesta sexta-feira (30), a lista oficial de filmes que compõem a programação da sua terceira edição. O evento busca consolidar-se como um espaço de encontro entre culturas, linguagens e territórios.
Ao todo, são cinco mostras competitivas com obras de países como Brasil, Argentina, Peru, Chile, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Uruguai e Equador. Além disso, há coproduções com outros países fora da América do Sul. A curadoria valoriza a diversidade estética e temática do cinema sul-americano contemporâneo. Assim, o público poderá conferir desde narrativas intimistas até reflexões sociais e ambientais, incluindo experiências visuais marcantes e produções voltadas para a infância e juventude.
Mostras competitivas destacam produções brasileiras e sul-americanas
Na Mostra de Longas Sul-Americanos, o Brasil participa com “A Melhor Mãe do Mundo”, de Anna Muylaert, e “Brasiliana”, musical dirigido por Joel Zito Araújo. Além dessas, foram selecionados o equatoriano “Chuzalongo”, a coprodução “Oro Amargo” (Chile, Uruguai e Alemanha), o argentino “Quinografia” e o peruano “Redención”.
Por outro lado, a Mostra de Curtas Sul-Americanos reúne seis produções entre ficções e animações. São elas: “Amor en los Tiempos de Como Sea Que Se Llame el Presente” (Colômbia), “Ayahuanco” (Peru), “Desvelo” (Venezuela), “La Falta” (Argentina/Uruguai), “Lagrimar” (Brasil) e “Revelación” (Chile).
Meio ambiente é tema central em duas mostras
A temática ambiental, um dos pilares do Bonito Cinesur, aparece com força. Na mostra de longas ambientais, destacam-se “Karuara: O Povo do Rio” (Peru), “Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta” (Brasil) e “La Cuenca” (Chile). Além disso, completam a seleção “Por el Paraná: La Disputa por el Río” (Argentina), “Rua do Pescador nº 6”, de Bárbara Paz (Brasil), e “Sinfonia da Sobrevivência” (Brasil).
Já nos curtas ambientais, o público poderá conferir obras como “Insustentável: A Realidade do Petróleo na Amazônia”, “Sobre a Cabeça os Aviões”, “Sobre Ruínas” e “Uma Menina, Um Rio”, todas brasileiras. Além dessas, destacam-se ainda “Jichi: En Busca del Guardián de las Aguas” (Bolívia) e “Por la Tierra” (Argentina).
Produção local ganha visibilidade
Como forma de valorizar a economia criativa regional, o festival dedica uma mostra à produção sul-mato-grossense. Foram selecionados seis títulos: “A Última Porteira”, “Eleonora”, “Enigmas no Rolê”, “Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha”, “Koi e o Rio” e “Tempestade Ocre”.
Segundo o diretor Nilson Rodrigues, “o compromisso da curadoria é com filmes que dialogam com a diversidade cultural da América do Sul e com as urgências do nosso tempo. Tudo isso sempre em sintonia com o território de Bonito, que inspira e acolhe esse encontro entre cinema e natureza”.
Em 2024, o Bonito Cinesur exibiu 42 filmes em 120 horas de programação. Além disso, mobilizou mais de cinco mil pessoas em oficinas, debates e sessões.
Sobre o festival
O Bonito Cinesur é realizado pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura, com apoio do Ministério da Cultura e da emenda parlamentar do deputado Vander Loubet. Conta ainda com patrocínio da Fecomércio, SESC, EMGEA e ANCINE, além do apoio cultural da Energisa e da Zoom Publicidade.
Desde 2007, a Associação Amigos do Cinema e da Cultura promove projetos culturais e educacionais em diversas regiões do país. Assim, reafirma seu compromisso com a formação e o acesso à cultura.
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