Mesmo após o fim da “festa” no mercado de FIIs, alguns fundos imobiliários de alta qualidade continuam negociando com expressivos descontos. Entre os destaques estão TEGAR11, VISC11 e HSML11, que apresentam fundamentos sólidos, boa diversificação, liquidez e pagamentos consistentes de dividendos.
TEGAR11: Híbrido, diversificado e com rentabilidade elevada
O TEGAR11, fundo híbrido com investimentos em CRIs e projetos de desenvolvimento, segue sendo um dos queridinhos dos investidores. Com 20% de desconto sobre o valor patrimonial, negocia a R$ 89,68 enquanto seu valor patrimonial é de R$ 112,82.
A rentabilidade média dos seus ativos indexados ao IPCA gira em torno de IPCA + 11,82%, com destaque para operações que chegam a IPCA + 15%. A liquidez diária é superior a R$ 4 milhões, e a vacância está zerada. O último dividendo foi de R$ 1,00 por cota, com yield de 15,08% nos últimos 12 meses.
VISC11: Portfólio com 30 shoppings e desconto de 17%
O VISC11, fundo de tijolo focado exclusivamente em shoppings, também chama atenção. Apesar da dependência do varejo e do impacto das taxas de juros, o fundo continua gerando bons resultados. Com P/VP de 0,83, suas cotas são negociadas com cerca de 17% de desconto.
O fundo possui 30 shoppings espalhados por 11 estados, vacância de apenas 5,5% e um dividend yield de 9,62% em 12 meses. A cota atual está em R$ 103,17, e o último pagamento foi de R$ 0,80 por cota. São necessárias 129 cotas (R$ 13.308) para ativar o chamado “efeito bola de neve”.
HSML11: Dividendos acima da média e 22% de desconto
Outro destaque é o HSML11, fundo de shoppings com sete ativos em cinco estados e alta taxa de ocupação. Atualmente negociado a R$ 84,80, o fundo tem P/VP de 0,78, refletindo 22% de desconto sobre seu valor patrimonial.
Nos últimos 12 meses, o HSML11 entregou 10,67% de yield isento de IR e teve desempenho de 57,29% em 5 anos, contra 30,22% do IFIX. O fundo distribuiu R$ 0,65 na última rodada de dividendos e exige 131 cotas (R$ 11.108) para gerar renda passiva mensal sólida.
Oportunidade ainda existe?
Segundo a análise, embora o mercado de FIIs não viva mais seu auge, ainda há espaço para “encher o carrinho” com ativos descontados e rentáveis. A dica é não cair na armadilha do “barato por estar barato”, mas buscar fundos com boa gestão, ativos de qualidade e histórico de pagamento consistente.
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