Lula condena assentamentos na Palestina: ‘Nem o povo de Israel quer essa guerra, é um genocídio’


Presidente discursou no encerramento da convenção nacional do PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin. Prefeito de Recife, João Campos, assumiu a presidência da legenda no evento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar, neste domingo (1º), os ataques de Israel à Faixa de Gaza, e a expansão dos assentamentos israelenses no território.
Segundo o petista, “nem o povo de Israel quer essa guerra” que, segundo ele, se trata de um “genocídio”.
Lula passou por exames após crise de labirintite
Raul Luciano/Ato Press/Estadão Conteúdo
Lula discursou durante encerramento da convenção nacional do PSB, que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente da legenda. Durante a fala, ele leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), condenando a expansão dos assentamentos israelenses.
“O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados”, diz a nota, lida pelo presidente.
A fala foi acompanhada por gritos de ‘Palestina Livre’, acompanhados da primeira-dama, Janja da Silva.
“Essa guerra, nem o povo judeu quer. Essa guerra é uma vingança e um governo contra a possibilidade da criação do estado Palestino, por detrás do massacre do Hamas”, afirmou Lula.
Ataque ‘vergonhoso e covarde’
No último domingo (25), Lula chamou de ato “vergonhoso e covarde” o ataque de Israel à Faixa de Gaza que culminou com a morte de nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar.
Para Lula, a ofensiva de Israel contra Gaza já ultrapassou os limites do direito à defesa.
“A morte de 9 dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar, como consequência de ataque aéreo do governo de Israel na faixa de Gaza, no sábado (24), é mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico”, escreveu Lula.
Ele classificou o ataque como um símbolo da “crueldade e desumanidade” do atual conflito, em que “um estado fortemente armado” impõe sua força contra “a população civil indefesa, vitimando diariamente mulheres e crianças inocentes”.
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