Filme voltou ao cinema e tem sessões em 46 salas de 18 estados do Brasil até esta quarta-feira (4). Em 2007, filme teve 190.656 espectadores, chegou a 58 salas rendeu R$ 1,5 milhões em bilheteria. Confira um trailer exclusivo de ‘Saneamento Básico – O Filme’
“Saneamento Básico – O Filme”, lançado há 18 anos pelo diretor Jorge Furtado, voltou a ser assunto em 2025: foi celebrado em cenas resgatadas por usuários das redes sociais, redescoberto em centenas de resenhas diárias no Letterboxd (rede social para cinéfilos) e, por fim, voltou aos cinemas – até esta quinta-feira (4), pode ser visto em 46 salas de 18 estados do Brasil.
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Muito disso, é claro, tem a ver com a ascensão de dois atores do longa metragem: Fernanda Torres, indicada ao prêmio de melhor atriz do Oscar e vencedora do Globo de Ouro, e Wagner Moura, melhor ator no Festival de Cannes, que interpretam Marina e Joaquim no filme de Furtado. O elenco ainda conta com Camila Pitanga, Lázaro Ramos e Paulo José.
“O filme foi escrito pensando neles. Já tinha trabalhado com eles, convidei todo mundo, e todos toparam. Hoje, talvez fosse impossível conseguir uma agenda que juntasse todo mundo”, brinca o diretor.
De acordo com a Ancine, em 2007 o filme teve 190.656 espectadores no cinema, chegou a 58 salas em todo o Brasil e rendeu R$ 1,5 milhões em bilheteria. Além dos cinemas (até esta quinta-feira), o filme está disponível na Globoplay.
Em suas redes sociais, Fernanda Torres e Wagner Moura comemoraram o retorno do filme às salas de cinema. “Um dos filmes que eu mais amei fazer na minha vida, escrito e dirigido pelo nosso gênio do sul, Jorge Furtado. Estou felicíssima que isso está acontecendo, porque é um filmão”, publicou a atriz. Já o ator descreveu “Saneamento” como “um dos filmes que mais gostei de ter feito na vida, uma comédia inteligentíssima e divertidíssima”. Veja os vídeos abaixo.
“Eles são atores incríveis”, diz Furtado, que completa: “Fernanda ganhou Cannes com 20 e poucos anos, já dirigi ela cinco vezes, escrevemos juntos. É uma parceria antiga, uma mulher talentosíssima, inteligente pra burro, que lê muito, culta, engraçada, um foguete impressionante. E o Wagner é espetacular, se dedica totalmente ao personagem, vive o personagem, inventou o Joaquim do filme”, diz.
Redes redescobrem o filme
A onda parece ter começado após as primeiras indicações de Fernanda Torres a prêmios internacionais, mas, após a conquista do Globo de Ouro e a vitória de Wagner Moura em Cannes, muitos usuários começaram a resgatar cenas e fotos do filme em redes sociais como o X (antigo Twitter). Em uma delas, com 2 mil retweets e mais de 46 mil reações, o usuário comenta: “tá sendo um ótimo ano pro elenco de saneamento básico”.
O próprio diretor do filme percebe o recrudescimento do interesse pelo filme: no Letterboxd, rede social para cinéfilos, Jorge Furtado diz que percebeu um aumento importante de análises feitas por usuários internacionais, mas também por quem reassistiu o filme duas décadas depois, quem era criança na época e mesmo por quem não conhecia o longa.
“Estamos em um momento muito bom de reaproximação com o cinema brasiliero, as pessoas voltaram a ver. Sempre percebi que o ‘Saneamento’ tinha um fã-clube, que fazia 10, 20 comentários por dia no Letterboxd. Desde que Nanda foi indicada, apareceu muito norte-americano dizendo ‘olha só, ela também faz comédia’, percebi um fenômeno. Com o Wagner junto, virou uma febre. Só ontem, contei 120 comentários sobre o filme no site”, comemora.
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Wagner Moura e Fernanda Torres em “Saneamento Básico – O Filme” (2007), do diretor Jorge Furtado
Leopoldo Plentz/Casa de Cinema de Porto Alegre
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