Justiça bloqueia R$ 119 milhões de fraudadores do INSS; prejuízo pode chegar a R$ 2 bilhões

A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de envolvidos na maior fraude já identificada contra aposentados do INSS. A operação, coordenada pela Polícia Federal, avançou nesta semana com mandados de busca e apreensão no estado de Sergipe, revelando novos desdobramentos do esquema criminoso que afeta milhares de beneficiários.

Segundo o governo, mais de 2,6 milhões de aposentados relataram descontos indevidos em seus benefícios, atribuídos a associações que, supostamente, ofereceriam serviços ou convênios sem o consentimento das vítimas. Apesar da magnitude das denúncias, apenas 215 mil casos foram analisados até agora, e somente 12 associações reconheceram os erros.

Aposentados prejudicados esperam reembolso imediato

A aposentada Elizabeth é uma das vítimas da fraude. Ela teve cerca de R$ 80 descontados por três meses, sem autorização. “Só tô esperando a devolução desse dinheiro”, afirmou. O governo federal decidiu que, para garantir o ressarcimento imediato dos lesados, utilizará recursos públicos. O valor será posteriormente recuperado com base nas decisões judiciais sobre os bens apreendidos.

Calendário de reembolso ainda depende do STF

O INSS previa divulgar o calendário de pagamentos até esta sexta-feira, mas a definição esbarra em questões jurídicas. O plano do governo inclui um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal para que os ressarcidos abram mão de eventuais ações de indenização contra a União.

Contudo, o Supremo ainda não deu aval à proposta, o que pode atrasar a devolução dos valores aos aposentados.

Operação avança em Sergipe

Na nova fase da operação, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Indiaroba e Umbaúba, litoral de Sergipe. A Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de dois suspeitos. O levantamento completo dos bens ainda está em andamento.

De acordo com estimativas do governo, o valor total a ser ressarcido às vítimas pode alcançar R$ 2 bilhões. Especialistas alertam que, além de devolver o dinheiro com agilidade, o Estado precisa reforçar os mecanismos de fiscalização e transparência para impedir que fraudes semelhantes ocorram novamente.

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