O maior erro ao investir em crédito privado: você provavelmente está cometendo também

Enquanto a diversificação é um pilar em investimentos em ações, no universo do crédito privado a estratégia certeira tem outro nome: pulverização. Neste conteúdo, vamos explicar por que um único erro pode apagar anos de bons rendimentos e como evitar que isso aconteça com você.

Entenda a diferença: diversificar x pulverizar

Ao montar uma carteira de ações, a recomendação comum é diversificar entre 10 a 15 empresas. Isso reduz o risco sem comprometer a expectativa de retorno. Em crédito privado, porém, essa lógica não funciona.

Diversificar significa dividir o capital em poucas partes — por exemplo, alocar R$ 100 mil em cinco debêntures diferentes. Já pulverizar é fracionar o mesmo montante em dezenas de ativos, como CRIs, CRAs e debêntures de diferentes emissores e setores, minimizando o impacto de um possível calote.

O rendimento é limitado, mas o prejuízo pode ser total

Uma das maiores armadilhas do crédito privado está no rendimento limitado. Mesmo que a empresa emissora da debênture tenha um desempenho extraordinário, você receberá apenas o retorno acordado — geralmente entre 10% e 15% ao ano.

Por outro lado, se a empresa quebrar, a perda pode ser de 100% do valor investido. Esse desequilíbrio entre risco e retorno torna a pulverização indispensável.

Exemplo realista: o preço de um único erro

Imagine investir R$ 100 mil divididos em cinco ativos de crédito privado, cada um rendendo 12% ao ano. Se uma dessas empresas entrar em recuperação judicial, você perde R$ 20 mil. Mesmo com os outros quatro ativos performando bem, o rendimento da sua carteira cairá para 7% ao ano, abaixo do CDI de 10%.

Se, em vez disso, você tivesse investido tudo no Tesouro Selic, o acúmulo seria maior, com liquidez imediata e risco quase nulo.

E se você pulverizasse?

Agora, vamos supor que você pulverizou os mesmos R$ 100 mil em 20 ativos, com R$ 5 mil em cada. Se três empresas quebrarem, você ainda terá um retorno acima do CDI ao longo de 10 anos, acumulando cerca de R$ 263 mil, enquanto o CDI geraria R$ 259 mil. Mesmo com erros, a estratégia protege sua rentabilidade.

Por que isso acontece?

Porque, ao contrário do crédito privado, ações possuem retorno ilimitado. Se uma empresa como a Weg multiplicar seu valor por 20 vezes, esse único acerto compensa vários erros. No crédito privado, não há multiplicação: o ganho é travado e a perda pode ser total.

O post O maior erro ao investir em crédito privado: você provavelmente está cometendo também apareceu primeiro em O Petróleo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.