JSCR11: Fundo do Banco Safra sobe 20% e promete dividendos de até R$ 0,10 por cota

O fundo imobiliário JSCR11, gerido pelo Banco Safra e focado em crédito, voltou a ganhar tração no mercado após uma forte queda no início de 2025. A cota, que chegou a ser negociada a R$ 7 em fevereiro, já supera os R$ 8,60, acumulando valorização superior a 20%. Apesar da baixa liquidez e número reduzido de cotistas — atualmente menos de 4 mil — o fundo começa a atrair atenção por sua rentabilidade e estratégia de alocação.

Recuperação no mercado e rentabilidade atrativa

Com um patrimônio líquido de cerca de R$ 200 milhões, o JSCR11 tem mantido uma política de distribuição que varia entre R$ 0,085 e R$ 0,10 por cota, impulsionada principalmente pela inflação mais forte registrada em fevereiro. No mês, o fundo gerou R$ 0,13 por cota, evidenciando a força dos CRIs atrelados ao IPCA.

A base patrimonial está próxima de R$ 9,38, enquanto a cota no mercado secundário gira em torno de R$ 8,60, apresentando um pequeno desconto que ainda pode representar oportunidade para investidores dispostos a aceitar maior risco.

Estratégia e alocação de ativos

O JSCR11 adota uma estratégia com perfil “mid risk”, mesclando CRIs indexados ao IPCA (45%) e ao CDI (24%), além de manter cerca de 16% do patrimônio em caixa e ativos de liquidez. Contudo, uma parte da alocação em fundos de CRI gerou críticas, por fugir da proposta inicial focada exclusivamente em crédito privado.

Entre os ativos em carteira, o fundo apresenta alta concentração em poucos nomes. As maiores posições ultrapassam os 9% do patrimônio individualmente, com destaque para uma operação com a Avan — que sozinha representa 9,7%. Esse nível de concentração é apontado como o principal risco, já que qualquer inadimplência pode comprometer fortemente o desempenho do fundo.

Desafios e perspectivas

Apesar do bom desempenho recente e das expectativas de rendimentos atrativos, o JSCR11 ainda enfrenta desafios típicos de um fundo recém-lançado. A necessidade de diversificar as posições e melhorar a liquidez das cotas são pontos cruciais para seu amadurecimento no mercado.

A gestão tem indicado que novas operações estão sendo avaliadas e que parte das posições mais concentradas pode ser diluída ao longo dos próximos meses, o que tende a reduzir o risco e aumentar a estabilidade do portfólio.

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