A JBS inicia na próxima segunda-feira (9) a negociação de seus papéis na B3 por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), sob o código JBSS32. A mudança ocorre após aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no dia 30 de maio, e representa um passo importante na estratégia de listagem dupla da companhia.
Fim da negociação direta no Brasil e estreia nos EUA
Esta sexta-feira (6) marcou o último dia de negociação direta das ações da JBS na bolsa brasileira. A partir de 12 de junho, a companhia também terá seus papéis listados na New York Stock Exchange (NYSE), com as ações Classe A da nova holding JBS N.V..
Segundo o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, essa nova estrutura tem objetivos claros:
“Com a dupla listagem, buscamos uma estrutura corporativa que reflita melhor a nossa presença global e nossas operações internacionais diversificadas”, afirmou. “Além disso, a mudança facilita a execução da nossa estratégia de crescimento e geração de valor.”
Benefícios para investidores e estrutura de conversão
Com a transição, os acionistas da JBS S.A. receberão um BDR para cada duas ações ordinárias. Cada BDR será equivalente a uma ação Classe A da nova estrutura. Para os investidores com ADRs da companhia, a conversão será de 1:1.
Os BDRs funcionarão de forma similar às ações tradicionais, inclusive no repasse de dividendos. Ou seja, qualquer distribuição feita pela JBS N.V. será transferida proporcionalmente aos detentores de BDRs no Brasil.
Expansão internacional e presença global
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Fundada no Brasil em 1953, a companhia conta hoje com mais de 250 fábricas em 17 países, exporta para mais de 180 mercados e atende cerca de 300 mil clientes.
O grupo emprega atualmente 280 mil pessoas ao redor do mundo. Esse crescimento vem sendo impulsionado por investimentos estratégicos, aquisições globais e pela diversificação de seu portfólio de proteínas e mercados.
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