Vina Calmon expõe bastidores da saída do Cheiro: “Ficaram travados”

A cantora Vina Calmon, que passou dez anos à frente da banda de axé Cheiro de Amor, até dar início à sua carreira solo em 2024, falou, ao Portal A TARDE, sobre a decisão de sair do grupo. Ela revelou que precisou se despir “toda vaidade”. “Eu sempre soube que não seria fácil. E bola de cristal eu também não tinha para saber se vai dar certo ou não. Mas o que me restava? Continuar. Eu preciso fazer porque eu amo”, disse.Por fim, Vina Calmon abordou a reação dos seus fãs. A cantora ressaltou que tudo faz parte de uma construção.

Eu entrei no Cheiro, e quando isso aconteceu houve um impacto, os fãs ficaram travados, porque eles estavam acostumados com outra cantora, com outra história. Outra pessoa assumindo acaba causando um certo impacto de início.

Vina Calmon – cantora

Ela contou que aos poucos foi construindo a relação com os fãs. “Toda a minha relação com eles foi muito verdadeira. […] Essa construção foi muito bacana, e até os fãs do Cheiro, de antes de mim, continuam me seguindo. Eu recebo carinho de muitos deles. Eles continuam comigo e deixam claro que amam o Cheiro, mas que também passaram a me amar. […] Essa construção é muito bacana e é firme até hoje”, completou.

Vina Calmon

|  Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

Vina Calmon vê São João em transiçãoSegundo o Painel de Transparência dos Festejos Juninos, divulgado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), das dez atrações mais contratadas para o São João de 2025, apenas três — Batista Lima, Mastruz com Leite e Calcinha Preta — são de forró. As outras sete são de arrocha. O ranking é liderado pela banda Toque Dez, que vai fazer 39 shows e vai faturar R$ 11,2 milhões. Na sequência vem: Tayrone, com 23 shows (R$ 6,5 milhões); e Devinho Novaes, com 22 apresentações (R$ 4,5 milhões).Mas o axé, gênero que consagrou Vina, também está mais do que presente nas contratações. Bell Marques, por exemplo, é um dos mais contratados e está com a agenda lotada no período.Sobre a mistura de ritmos, Vina disse que “não tem como fugir da realidade”, pois “as coisas estão mudando rapidamente”. “A internet tem a velocidade da luz. Os gêneros musicais estão se misturando o tempo inteiro. Todo mundo está querendo tudo”, ressaltou.

É preciso ter equilíbrio para não perder a magia do São João. O forró tem o seu lugar, principalmente no mês do São João. Ele precisa ser honrado sim, mas isso não significa que não pode ter outros gêneros inseridos nos eventos, porque são músicas que as pessoas consomem e gostam.

Vina Calmon – cantora

Vina Calmon complementou: “São músicas de alegria. As pessoas estão ali se divertindo, porque não misturar? Seria complicado se colocar só banda de axé em um evento de São João. E isso existe em alguns lugares. Mas tem uma variedade de eventos que proporciona ao público escolher o que quer ouvir”.

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