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O ataque matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos.Em resposta, Teerã disparou mais de 100 drones em direção ao território israelense, segundo as Forças de Defesa de Israel. As IDF afirmaram que as defesas israelenses estavam trabalhando para interceptar os drones.A reação da comunidade internacional foi de perplexidade diante do ocorrido. Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia, temem uma escalada do conflito, tentam convencer os dois países a reduzir a tensão e manter a estabilidade na região.Em discurso à nação, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que a resposta de Teerã a ataques israelenses fará com que “Israel se arrependa de seu ato tolo”.Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyyed Abbas Araqchi, afirmou em carta às Nações Unidas que os ataques israelenses na noite de quinta foram uma “declaração de guerra”. O chanceler também pediu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas “resolva imediatamente esta questão” e afirmou que a ação de Israel é uma “grave violação da soberania do Irã”.Apoio de TrumpO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoia os últimos bombardeios Israel e chamou os ataques ao Irã de “muito bem-sucedido”. Em conversa com a CNN, o mandatário norte-americano disse que tinha avisado os iranianos sobre o bombardeio e recomendou a formalização de um acordo nuclear “antes que seja tarde demais” .”O Irã deveria ter me ouvido quando eu disse — você sabe que eu os avisei, não sei se você sabe, mas eu os avisei com 60 dias de antecedência e hoje é o 61º dia”, afirmou.”Eles deveriam agora se sentar à mesa para fechar um acordo antes que seja tarde demais. Será tarde demais para eles. Você sabe que as pessoas com quem eu estava lidando estão mortas, os linha-dura”, disse o presidente.O Secretário de Estado Marco Rubio disse que não houve envolvimento ou assistência dos EUA nos ataques.Rússia condena ataqueO Irã tem o apoio diplomático e militar da Rússia . Moscou tem interesses significativos na região, especialmente na Síria, onde mantém uma presença militar e reforça sua influência no Oriente Médio.Apesar disso, o governo de Vladimir Putin tem se mostrado preocupado com a escalada do conflito. Moscou disse que os ataques israelenses contra o Irã não foram provocados e violaram a Carta das Nações Unidas, acusando Israel de destruir os esforços diplomáticos para chegar a um acordo para acalmar as preocupações ocidentais sobre o programa nuclear de Teerã.”A Rússia está preocupada e condena a forte escalada das tensões entre Israel e o Irã”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à mídia estatal.Segundo a Reuters, em uma declaração detalhada elaborada a pedido de Putin, o Ministério das Relações Exteriores condenou ferozmente Israel e culpou o Ocidente por estimular o que chamou de “histeria” anti-iraniana.”Condenamos veementemente o uso da força pelo Estado de Israel em violação à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional”, disse o ministério. “Ataques militares não provocados contra um Estado-membro soberano da ONU, seus cidadãos, cidades pacíficas e infraestrutura de energia nuclear são categoricamente inaceitáveis.”