Incidente aconteceu na última terça-feira (10), em Jequié, no sudoeste do estado. Igreja passava por uma obra de requalificação. Scanner 3D é utilizado em perícia após desabamento de teto de igreja na Bahia
Departamento de Polícia Técnica
Após o desabamento do teto da Igreja de São Judas Tadeu, em Jequié, na última terça-feira (10), peritos das Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica utilizaram um Scanner 3D para a perícia do local. O incidente deixou trabalhadores feridos.
O exame foi realizado por profissionais da Polícia Técnica de Jequié e Vitória da Conquista. O scanner emite feixes de laser para fazer a varredura de um ambiente, mesmo em condições adversas de luminosidade.
De acordo com Gustavo Mutti, coordenador da CRPT de Jequié, assim que a equipe tomou conhecimento do ocorrido, solicitou apoio da Macrorregional Planalto, cuja sede é em Vitória da Conquista, para o auxílio com com o Scanner 3D.
Na sexta-feira (13), a Defesa Civil de Jequié foi ao local, realizou a vistoria e constatou que a estrutura restante apresenta risco. O órgão recomendou o isolamento imediato da área e a demolição das partes comprometidas.
Os responsáveis pela obra foram orientados a contratar um profissional habilitado para acompanhar e executar com segurança, tanto a demolição, quanto um futuro projeto de reconstrução.
Disse ainda que definição do prazo para execução da demolição depende exclusivamente da iniciativa dos responsáveis legais pelo imóvel, do laudo técnico do profissional contratado e do cumprimento das normas de segurança aplicáveis.
Perna amputada
Um trabalhador que ficou ferido após o teto de uma igreja desabar precisou ter a perna amputada. Segundo informações do Hospital Prado Valadares, para onde os feridos foram levados, o paciente precisou ser intubado — procedimento médico em que um tubo é inserido nas vias aéreas do paciente, possibilitando a ventilação mecânica. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dele.
Equipes da Polícia Civil estiveram na igreja na terça-feira para realizar perícia e iniciaram a oitiva de testemunhas. O laudo que vai determinar a causa do desabamento deve ficar pronto em 30 dias.
Segundo Eduardo Pereira, engenheiro responsável pela obra, a equipe realizava a primeira de oito etapas da reforma da igreja. Na primeira fase, que terminaria na terça-feira, seria feito o aumento da altura do teto em mais de 2,60 metros. A obra durou três meses.
Por meio de nota, a PC Engenharia disse que presta assistência aos funcionários que ficaram feridos.
Pessoas ficam feridas após teto de igreja desabar no sudoeste da Bahia
Resgate de feridos
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Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros informou que 14 pessoas foram atingidas pelo desabamento e nove delas encaminhadas para o Hospital Prado Valadares. No entanto, a assessoria da unidade de saúde informou que recebeu apenas seis pessoas. Três delas já receberam alta.
O Corpo de Bombeiros disse ainda que, das 14 pessoas que foram atingidas pelo desabamento, cinco receberam atendimento ainda no local, mas sem ferimentos aparentes, não sendo necessário o encaminhamento delas para unidades de saúde.
Já a Diocese de Jequié, responsável pela Igreja São Judas Tadeu, onde ocorreu o desabamento, afirmou em nota que sete, dos onze trabalhadores que estavam no local, ficaram feridos. Segundo o padre Antônio Neto, não tinham fiéis no momento do ocorrido porque a igreja estava em reforma e apenas operários estavam no templo.
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Os bombeiros realizaram uma varredura para verificar se ainda existiam pessoas no interior do imóvel. A Polícia Militar e a Defesa Civil de Jequié também deram apoio à operação.
De acordo com Murilo Bulhões, coordenador da Defesa Civil de Jequié, houve um abalo na estrutura do telhado, que cedeu. Segundo ele, 11 pessoas ficaram feridas no desabamento. O órgão recomendou a demolição da igreja para não comprometer a estrutura das construções que estão ao redor do templo.
“A Defesa Civil está avaliando a situação para sanar o risco. Os bombeiros atuaram rapidamente e levaram as vítimas para o hospital. Vamos avaliar a estrutura e fazer todo o estudo”, afirmou o coordenador.
Uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA) também esteve no local para coletar informações sobre as empresas envolvidas e os profissionais vinculados à obra, além de apurar a participação e responsabilidade de cada um.
Caso aconteceu quando operários trabalhavam na obra de requalificação da Igreja São Judas Tadeu
Corpo de Bombeiros
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