Editorial – Pé na estrada

A semana do São João é o momento raro de inversão do êxodo, em vez de o povo do interior vir para a capital, em busca de trabalho, são os soteropolitanos a migrar – provisoriamente – visando festejar a vida. As “máquinas desejantes” humanas tomam forma fluida de “enchente” inundando de gente e entusiasmo municípios e distritos, ocasionando, com isso, a necessária ampliação da consciência de si.No senso comum, a expressão “pega a visão” traduz com fidedignidade a importância da tenência, em algumas medidas cautelares simples, embora tantas vezes esquecidas, quando os afetos do entusiasmo prevalecem.A Polícia Rodoviária Federal age preventivamente recomendando planejar a viagem a fim de evitar maior fluxo, quem pode sair cedo, é melhor, como também pegar estrada com dias  de antecedência, ganhando tempo de convívio.Não precisaria lembrar, se o país não fosse o Brasil: a revisão do veículo com o mecânico de confiança pode verificar os pneus – não esqueçam o estepe –, setas, limpadores de parabrisa, freios e fluidos.Outras obviedades precisam ser ressaltadas: levar documentação do veículo e do condutor, todos os ocupantes devem utilizar cinto de segurança, nada de celular ao volante e atenção à velocidade máxima e aos riscos nas ultrapassagens.O sacrifício de viajar será recompensado logo, com abraços e beijos para quem chega vivo, então, vale aguentar a abstinência de álcool e guardar distância do uso de psicoativos proibidos.Levar água e lanche é a ideia para uma boa viagem ao disputarem a pista 100 mil veículos saindo da capital baiana, entre 19 e 23 de junho, tratando-se de um “feriadão” pois a folga começa com Corpus Christi.Juntando as rodovias federais e estaduais, 1 milhão e 500 mil carros rodam em pistas aceitáveis, mas atenção: há solos “lunares” de 5 mil buracos na 324 (Salvador-Feira), herança da concessionária que teve contrato rescindido.
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