Jolie, Madonna, Clinton: famosos na árvore genealógica do Papa Leone

O que liga personalidades como Angelina Jolie, Madonna, Hillary Clinton, Justin Bieber e Jack Kerouac ao Papa Leone XIV? Um ancestral comum: Louis Boucher de Grandpré, canadense nascido em 1590 no Québec.

A descoberta foi feita pelo genealogista Henry Louis Gates, referência no estudo de árvores genealógicas nos Estados Unidos.

Gates, que apresenta há 13 anos o programa “Finding Your Roots”, mapeou mais de cem antepassados do primeiro Papa nascido nos EUA. Os dados foram publicados no jornal New York Times. A pesquisa envolveu ainda a American Ancestors e o Cuban Genealogy Club, de Miami.

Ao todo, foram localizadas 15 gerações de ancestrais, com 40 franceses, 24 italianos e 21 espanhóis. Os ramos genealógicos incluem desde nobres espanhóis do século XVI até camponeses sicilianos. Também foram encontrados afro-americanos escravizados e, em alguns casos, donos de escravos.

Por parte materna, as origens remontam à cidade de Isla, no norte da Espanha, em 1573, com quatro membros da pequena nobreza local, os chamados hidalgos. Entre os descendentes está Antonio José de Sucre, herói da independência da América Latina.

Já o lado paterno tem raízes na Sicília. O avô, Salvatore Giovanni Riggitano, nasceu em Milazzo, em 1876. Emigrou para o estado de Illinois, nos Estados Unidos, após a unificação da Itália. Sua história inclui um casamento polêmico: após abandonar a esposa, Salvatore viveu com Suzanne Fontaine, francesa, com quem teve dois filhos. Um jornal de 1917 relatou a prisão do casal por bigamia. Ainda assim, criaram os filhos Jean e Louis, este último pai do Papa Leone XIV.

O sobrenome da família materna francesa, Prévost, foi adaptado nos EUA para Prevost, sem acento. Esse ramo, que viveu no Canadá no século XVII, conecta Leone XIV a outras celebridades. Muitos desses ancestrais migraram para Nova Orleans.

Nesse grupo, há quatro proprietários de escravos brancos e ao menos oito afro-americanos. Entre eles, Marie Jeanne, escrava “mulata” de François Lemelle, com quem teve seis filhos. Após a morte do companheiro, herdou e comprou mais escravizados, somando 20 ao fim da vida.

“Talvez surpreenda que afro-americanos também possuíam escravizados, embora fossem poucos”, explica Gates. Para ele, a genealogia do Papa simboliza a diversidade histórica dos EUA e ajuda a entender sua visão de mundo cosmopolita.

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