Ministério da Saúde investiga possível falta de vacinas em cidades mineiras

O Governo Federal investiga uma possível falta de vacinas sistemática em cidades mineiras. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento em Belo Horizonte, nessa segunda-feira (16).

O problema citado por Padilha foi denunciado pela AMM (Associação de Municípios Mineiros) na última semana. O órgão fez uma pesquisa em 190 cidades. Destas, 170 estão sem estoque de imunizante contra catapora, 58 da vacina tetraviral, 60 da Covid-19 infantil, 43 da adulto, 48 da dengue e 30 contra Mpox. No caso do imunizante contra a catapora, o levantamento indica falta do medicamento há dois anos em algumas regiões.

“Uma outra pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios mostra que, no ano passado, mais de 60% dos municípios brasileiros tinham esse problema, mas agora caiu para 30%. No entanto, quando observamos os 30% no levantamento de maio deste ano, vemos uma concentração significativa de municípios de Minas”, observou Padilha.

Padilha garantiu que o Ministério da Saúde está em dia com a compra dos 50 imunizantes preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, a pasta enviou equipes a Minas Gerais na última semana para entender se há algum problema de logística com a distribuição no estado.

O ministro também informou que possíveis soluções logísticas vão ser discutidos no Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que ocorre em Belo Horizonte até esta quarta-feira (18). Uma delas, é mudar o fluxo de distribuição das vacinas que, atualmente o ministério repassa aos Governo Estaduais, que, por sua vez, ficam responsável por enviar às prefeituras.

“No caso de Minas, como a capital tem um volume grande, talvez isto esteja dificultando a organização logística do Estado para que as vacinas cheguem até os outros municípios. Se uma parte da solução for o Ministério entregar para a capital, estamos dispostos a fazer isso. Vamos tomar uma atitude para facilitar a distribuição pelo Estado para os outros municípios e vamos identificar se há algo que possamos fazer na logística. Se for necessário colocar os Correios para ajudar ou outras estruturas, estamos dispostos”, sugeriu Padilha.

O BHAZ procurou o Governo de Minas para comentar sobre a denúncia da AMM e sobre a avaliação feita pelo Ministério da Saúde e aguarda retorno.

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