Ex-ministro da Casa Civil diz que campo progressista perdeu espaço nos territórios e nas redes. ‘Esquerda não errou porque, apesar de tudo, nós ganhamos cinco eleições’, diz José Dirceu.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta terça-feira (17), em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, que que não considera que a esquerda brasileira tenha cometido erros políticos nos últimos anos. Veja no vídeo acima.
“A esquerda não errou porque, apesar de tudo o que aconteceu conosco entre 2013 e 2019, voltamos ao governo em 2022. Ganhamos cinco eleições”, disse.
O ex-ministro, no entanto, reconheceu que o campo progressista perdeu força em áreas estratégicas.
“A esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes. O discurso, muitas vezes, é de um Brasil que não existe mais”, afirmou.
Dirceu também apontou falhas na formulação de políticas públicas e na comunicação com a população.
“Não conseguimos construir uma política para a questão da segurança pública, nem um discurso para o trabalho precário, os aplicativos ou os empreendedores. E fomos nós que criamos o empreendedorismo”, declarou.
O ex-ministro mencionou ainda o impacto da religião na política e a consolidação de uma maioria conservadora no país.
“Temos o problema do fundamento religioso atravessando o país. Consolidou-se uma maioria de centro-direita conservadora, que vamos testar em 2026. A eleição foi decidida por um milhão de votos”, disse.
Segundo Dirceu, essa guinada conservadora também está ligada a transformações culturais globais.
“Houve uma revolução cultural nos últimos 30 anos no mundo, com temas como diversidade, racismo, igualdade de gênero e liberdade da mulher ganhando espaço”, concluiu.
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O ex-ministro, no entanto, reconheceu que o campo progressista perdeu força em áreas estratégicas.
“A esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes. O discurso, muitas vezes, é de um Brasil que não existe mais”, afirmou.
Dirceu também apontou falhas na formulação de políticas públicas e na comunicação com a população.
“Não conseguimos construir uma política para a questão da segurança pública, nem um discurso para o trabalho precário, os aplicativos ou os empreendedores. E fomos nós que criamos o empreendedorismo”, declarou.
O ex-ministro mencionou ainda o impacto da religião na política e a consolidação de uma maioria conservadora no país.
“Temos o problema do fundamento religioso atravessando o país. Consolidou-se uma maioria de centro-direita conservadora, que vamos testar em 2026. A eleição foi decidida por um milhão de votos”, disse.
Segundo Dirceu, essa guinada conservadora também está ligada a transformações culturais globais.
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