Pé de serra ou pagodão? Público se divide ao opinar sobre ritmo
| Foto: Dara Medeiros / Ag. A TARDE
O soteropolitano Thiago Souza, de 24 anos, veio para a festa acompanhado por um grupo de amigos. A atração mais esperada por eles era a banda Mastruz com Leite, mas o jovem aprovou as homenagens dos pagodeiros ao Forró quando ouviu as releituras.”Eu não estava conhecendo esse novo ritmo aí não, mas agora acho interessante, faz parte da nossa cultura mesclar os ritmos. Acho importante, curioso e cultural”, pontuou.Para Lucas Veiga, de 46 anos, não há acordo entre o São João e outros ritmos musicais e a tradição deveria ser completamente preservada.
Pé de serra ou pagodão? Público se divide ao opinar sobre ritmo
| Foto: Dara Medeiros / Ag. A TARDE
“Eu não concordo com esse negócio de forrogode. São João é pé de serra, é Flávio José, Alcimar Monteiro, nada a ver botar pagode nisso aí, porque no Carnaval eles não tocam, né? É o que eu acho”, disparou.Já Lívia Lima, de 45 anos, aprova a inovação, especialmente com o forrogode do cantor Léo Santana, uma das atrações da noite desta quinta-feira, 19, no Parque de Exposições de Salvador.”Acho maravilhoso. Acho que combina muito. Léo Santana, as músicas dele já são maravilhosas e com o forró fica melhor ainda”, declarou ela.Por outro lado, a irmã dela, Larissa Lima, de 48 anos, defende que a mistura de gêneros musicais tem que ser moderada.”Eu acho interessante misturar, mas eu gosto muito quando a gente não esquece daquele São João de Santo Antônio, de Jiquiriçá, que a gente ia com o sanfoneiro de casa em casa comendo, todo mundo entrava e cantava ‘São João chegou aqui’, o sanfoneiro tocava Luiz Gonzaga, claro, sempre, e todo mundo ia fazer o maior auê na casa e ir embora. Então, eu acho interessante a mistura, mas eu acho que a gente tem que tomar cuidado para não deixar o forró raiz ficar para trás”, opinou.