Aproveitei a queda do Ibovespa: comprei Vale e ETF internacional, entenda o porquê

O mercado financeiro brasileiro amanheceu em queda, com o Ibovespa recuando 1,15%, refletindo o clima de cautela após as decisões recentes de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Em meio a esse cenário de baixa, um investidor decidiu aproveitar a desvalorização para realizar dois aportes estratégicos: ações da Vale (VALE3) e um ETF de ações internacionais (SPY).

O movimento não foi isolado. Diversas blue chips registraram queda no pregão, como Eletrobras (-2,60%), Banco do Brasil (-2%), Gerdau (-3,30%), além de Petrobras e Vale, que também recuaram, acompanhando a pressão do mercado global.

Quais ações estão mais descontadas hoje?

Analisando o comportamento da carteira, o investidor destacou alguns ativos que mais sofreram no dia:

  • Eletrobras (ELET6): -2,60%

  • Banco do Brasil (BBAS3): volta a cair para R$ 21,39

  • BB Seguridade (BBSE3): -1,27%

  • Gerdau (GGBR4): -3,30%

  • Vale (VALE3): -2,30%

  • Petrobras (PETR4): estabilidade no 0 a 0

  • Parcerias BR (não especificada): -1,70%

Apesar das quedas, a decisão foi não reforçar posições em Banco do Brasil nem BB Seguridade neste momento, mesmo reconhecendo o bom preço.

 Por que investir na queda? Entenda o racional

O investidor destaca que, embora o patrimônio tenha sofrido uma desvalorização temporária, isso faz parte da dinâmica do mercado. Ele reforça que está focado em aumentar sua quantidade de ações e não no preço momentâneo.

Perdi R$ 7.400 no curto prazo? Não, isso é apenas variação. O foco está no fundamento das empresas, no caixa e nos dividendos que elas geram.“, comenta.

Ele lembra que a diferença entre quem perde e quem ganha na Bolsa está no entendimento do que é volatilidade de curto prazo e o que é solidez de longo prazo. Empresas com bons fundamentos, setores resilientes e histórico de geração de caixa são as que atravessam qualquer crise.

 Aportes realizados: Brasil e Exterior

 Aporte em Vale (VALE3)

  • Quantidade: 40 ações

  • Valor: Aproximadamente R$ 2.000

  • Motivo:

    • Preço se aproximando de suportes gráficos relevantes.

    • Forte margem de segurança.

    • Potencial de dividendos robustos, especialmente com a expectativa de anúncio em agosto junto aos resultados do 2T25.

    • Desvalorização causada por fatores externos, como incerteza sobre demanda de minério de ferro, tarifas comerciais e queda do dólar, que afeta as receitas dolarizadas da Vale.

 Aporte no ETF SPY (ações internacionais)

  • Estratégia de Dollar Cost Averaging, comprando de forma recorrente e consistente, independentemente do cenário.

  • Aproveitamento da queda no mercado global, gerando uma boa janela para aumentar a exposição ao exterior.

 Entenda o cenário macroeconômico que gerou a queda

  • Decisão de juros nos EUA e Brasil: Trouxe cautela e aumento na aversão a risco.

  • Queda do dólar: Impacta negativamente empresas exportadoras, como Vale e Petrobras, que possuem receitas dolarizadas.

  • Incertezas na China: Preocupações com a demanda global por minério de ferro e possíveis efeitos das tarifas comerciais impostas aos Estados Unidos.

  • Clima geral de aversão a risco: Feriados e ajustes nos mercados internacionais também contribuíram para uma sexta-feira mais pessimista.

Gráfico técnico: Vale perto de suportes importantes

Embora não utilize análise gráfica como principal fator de decisão, o investidor destacou que o preço de Vale (VALE3) se encontra próximo de regiões técnicas de suporte, historicamente associadas à retomada da força compradora.

“O papel caiu abaixo dos R$ 50, atingindo pontos que, historicamente, são regiões de reação do mercado. Isso reforçou minha decisão de compra.”, explica.

 Foco total nos dividendos futuros

O objetivo principal segue claro: acumular ações de boas empresas, com foco no aumento dos dividendos ao longo do tempo.

O investidor reforça que o segundo semestre tende a ser especialmente interessante para quem busca renda passiva, já que empresas como:

  • Banco do Brasil (BBAS3)

  • BB Seguridade (BBSE3)

  • Eletrobras (ELET6)

  • Vale (VALE3)

  • Petrobras (PETR4)

Devem divulgar seus resultados do 2T25 junto com novos anúncios de dividendos, o que costuma impulsionar a distribuição aos acionistas.

 Recado final: “O que controlamos é o aporte”

A mensagem é direta: não temos controle sobre o mercado, dólar, juros ou decisões internacionais. O que está sob controle é o aporte consistente, mês após mês, buscando boas empresas, margem de segurança e pensando no longo prazo.

A gente não controla o mercado. O que controlamos é quanto aportamos, e é isso que faz diferença no futuro.“, conclui.

Aproveite a oportunidade

Quem deseja investir no exterior, segundo o investidor, pode aproveitar a queda do dólar para fazer câmbio e adquirir ativos internacionais. Plataformas sem spread no câmbio podem ser aliadas importantes para reduzir custos e otimizar os investimentos globais.

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