EUA bombardeiam instalações nucleares do Irã: tensão global cresce

Na noite de sábado (21), pelo horário de Brasília, os Estados Unidos, sob ordem do presidente Donald Trump, realizaram ataques aéreos contra três instalações nucleares do Irã. As ações ocorreram nas localidades de Fordow, Natanz e Isfahan, consideradas estratégicas para o programa nuclear iraniano.

O anúncio foi feito diretamente pela Casa Branca, em pronunciamento oficial de Trump, que classificou a operação como “um sucesso militar espetacular”. Segundo ele, os alvos foram “completamente destruídos”, visando desmantelar a capacidade nuclear do Irã.

O conflito, que chega ao 11º dia, elevou a tensão no Oriente Médio e provocou reações divergentes dentro dos próprios Estados Unidos, inclusive entre membros do Partido Republicano.

Tensão interna nos EUA após decisão de Trump

A decisão de atacar instalações nucleares iranianas gerou forte divisão entre os congressistas americanos. A deputada republicana Marjorie Taylor Greene, aliada frequente de Trump, criticou duramente a ofensiva.

Em declaração pública, Greene afirmou que “essa não é uma luta dos Estados Unidos”, ressaltando que Israel também possui armas nucleares e que o caminho deveria ser a busca pela paz.

Parlamentares democratas e parte dos republicanos manifestaram preocupação com a possibilidade de escalada do conflito e com os riscos de um envolvimento militar mais amplo dos EUA no Oriente Médio.

Quais instalações foram atacadas?

De acordo com informações oficiais do governo americano e de agências internacionais de segurança, os alvos dos bombardeios foram:

  • Fordow: Instalação subterrânea altamente protegida, utilizada para enriquecimento de urânio.

  • Natanz: Principal complexo nuclear iraniano, foco de desenvolvimento e produção de centrífugas.

  • Isfahan: Centro de conversão de urânio e desenvolvimento de materiais nucleares.

Fontes de inteligência ocidentais confirmaram que os ataques causaram danos significativos às infraestruturas, embora ainda não haja avaliação precisa sobre a extensão do comprometimento do programa nuclear iraniano.

Reação internacional e risco de escalada

A ofensiva gerou reações imediatas na comunidade internacional. A Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança para discutir o agravamento da crise.

O Irã, por meio de comunicado oficial, classificou o ataque como um “ato de guerra” e prometeu uma “resposta proporcional e devastadora”. Até o momento, não houve anúncio formal de retaliações, mas há expectativa de que o governo iraniano organize ofensivas contra alvos americanos e aliados na região, como Israel e bases militares dos EUA no Golfo Pérsico.

Além disso, os mercados globais já começaram a reagir. O preço do petróleo Brent disparou, ultrapassando a marca de US$ 110 por barril, segundo dados da Bloomberg. O ouro subiu 3%, enquanto bolsas asiáticas operaram em forte queda nas primeiras horas desta segunda-feira (23).

Cenário em Israel e no Oriente Médio

Imagens transmitidas ao vivo de Tel Aviv, na madrugada desta segunda-feira, mostram o espaço aéreo israelense relativamente estável, sem alertas de sirenes ou registro de ataques até o momento.

Entretanto, a expectativa é de que o conflito possa se intensificar nas próximas horas, especialmente se houver retaliação direta do Irã ou de grupos aliados, como Hezbollah, no Líbano, e forças na Síria.

O Ministério da Defesa de Israel afirmou que mantém o “estado de alerta máximo” e mobilizou unidades de defesa aérea, incluindo o sistema Domo de Ferro, para interceptação de eventuais mísseis.

Impactos econômicos e diplomáticos

O agravamento do conflito já pressiona os mercados financeiros e acende alertas sobre riscos de recessão global, aumento do preço de energia e instabilidade cambial.

Segundo analistas do Goldman Sachs, uma escalada prolongada pode adicionar até US$ 20 ao preço do barril de petróleo, impactando diretamente inflação, custos de transporte e produção industrial em todo o mundo.

Diplomaticamente, aliados da OTAN estão divididos. Enquanto Reino Unido e França manifestaram apoio moderado às ações dos EUA, Alemanha e China defenderam a desescalada imediata, pedindo cessar-fogo e retorno às negociações nucleares.

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