Caso Juliana Marins: parque fecha acesso à trilha para resgatar brasileira

O Parque nacional de Rinjani, localizado na ilha de Lombok, Indonésia, suspendeu por um tempo o acesso às trilhas turísticas do Monte Rinjani nesta terça-feira, 24, para focar os esforços em resgatar a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu em uma região de difícil acesso do vulcão. A medida de emergência visa tornar a operação mais ágil e segura, mobilizando seis equipes e dois helicópteros prontos para decolagem, caso as condições climáticas melhorem.“Nesta manhã, quase 50 socorristas foram mobilizados e planejamos enviar uma equipe de helicóptero para explorar a área. Uma equipe está monitorando a retirada usando um drone térmico. A segunda está tentando a retirada manual com uma corda como ferramenta principal”, explicou o diretor do departamento de busca e resgate local, Muhammad Hariyadi.A jovem natural de Niterói, Rio de Janeiro, fazia uma trilha guiada quando sofreu uma queda, ainda na madrugada deste sábado, 21, desde então ela segue consciente, de acordo com os familiares. Porém o local onde ela está desafia até os socorristas mais experientes. Por meio de nota, o parque explicou o motivo da decisão:“Para acelerar o processo de evacuação da vítima do acidente na área de Cemara Nunggal, na trilha em direção ao cume do Monte Rinjani, e considerando a segurança dos visitantes, da equipe de resgate e a ordem no local, informamos que: A trilha de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado, até que a evacuação seja concluída.

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Pedimos compreensão e cooperação de todos em nome desse esforço humanitário. Informações oficiais sobre a reabertura da trilha serão divulgadas pelos canais do Parque Nacional do Monte Rinjani.”As buscasAs buscas por Juliana foram retomadas nesta segunda-feira, 23, por volta das 20h (6h no horário local) A família divulgou uma atualização nas redes sociais, informando que o resgate foi retomado às 6h (horário local) desta terça-feira.Uma furadeira de grande porte foi levada ao local para que uma passagem fosse aberta em locais de difícil acesso na encosta. Ainda segundo os familiares, há expectativa de uso de helicóptero entre 11h e 12h (horário local), se as condições climáticas e aéreas permitirem.”A equipe de resgate desceu 400m, mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650m de distância. Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem. Há dois helicópteros de resgate (um em Sumbawa, outro em Jacarta) de sobreaviso, aguardando a confirmação do espaço aéreo para poder decolar e iniciar os planos de voo. Agora são 10h49 em Lombok.”Emocionada, a irmã da jovem, Mariana Marins, se mostrou ansiosa com o avanço da noite. “Tá chegando a noite, a nossa expectativa aumenta, o resgate vai ser retomado. A gente está na expectativa de ver a Juliana novamente, viva e bem aqui com a gente”.Ao saber da retomada das buscas, a irmã de Juliana pediu para que o público se unisse em uma corrente de boas energias.

Pedido de boas energias da família de Juliana

|  Foto: Reprodução | Redes Sociais

“Quero agradecer toda energia positiva, todo carinho que vocês têm enviado. Tenho certeza que ela está sentindo isso lá agora e isso está mantendo ela viva. Eu sinto isso. A gente não tem confirmação do estado, mas tenho certeza que isso tá fazendo muita diferença. Vamos trazer a Juliana pra casa”.O acidenteJuliana está na Ásia em um mochilão e fazia o passeio com outros turistas, acompanhados por uma empresa de viagens local. Após o escorregão, ela parou a cerca de 300 metros de distância do grupo.A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha horas depois. Eles usaram um drone para encontrá-la e divulgaram vídeos nas redes sociais, o que ajudou a informação a chegar até a família no Brasil.Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado, 21, em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. De acordo com a família, essas imagens dela caída na trilha são reais. Desde então, ela não foi mais localizada, segundo os familiares.

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