O mercado financeiro global iniciou a semana sob forte instabilidade, após o Irã lançar um ataque simbólico contra uma base americana no Catar, em resposta a ações anteriores dos Estados Unidos. O episódio elevou brevemente o clima de aversão a risco nos mercados internacionais, fazendo o Ibovespa recuar até 1% no intraday. Apesar disso, a ausência de vítimas e a interceptação dos mísseis acalmaram os investidores, e as bolsas americanas fecharam em alta, próximas de suas máximas históricas.
Petróleo desaba quase 9% e afeta ações da Petrobras
O maior impacto do dia veio do mercado de petróleo. O barril do Brent caiu quase 9%, recuando para US$ 70,19, refletindo a percepção de que o contra-ataque iraniano foi calculado para não gerar escalada do conflito. O tipo WTI também recuou fortemente, para US$ 68. Com isso, as ações da Petrobras despencaram, pressionando o Ibovespa, que fechou em queda de 0,4%, aos 136.550 pontos.
Estreito de Ormuz segue aberto e acalma mercados
A tranquilidade também se deve à manutenção do tráfego no Estreito de Ormuz, rota estratégica por onde escoa cerca de 20% do petróleo global. Sem indícios de interrupção na logística da região, o mercado passou a enxergar menor risco inflacionário com o barril mais barato — o que elevou as apostas por corte de juros nos EUA já em julho.
Dólar oscila, mas fecha em queda
No câmbio, o dólar chegou a subir durante o dia, mas reverteu o movimento e fechou em leve baixa de 0,3%, cotado a R$ 5,49. A volatilidade continua alta, refletindo as incertezas externas.
Bancos recuam e Vale sustenta parte do Ibovespa
Na B3, o setor bancário caiu diante da aversão global ao risco. Já a mineradora Vale registrou valorização, acompanhando a alta do minério de ferro e ajudando a conter perdas maiores no índice brasileiro.
Analistas alertam para cautela e diversificação
Para analistas como Pablo Spyer, o momento exige cautela por parte do investidor pessoa física. “O mercado está muito volátil. Pode cair num dia, subir no outro. É preciso ter sangue frio e diversificar não só nos ativos, mas também no tempo de entrada”, afirmou o economista. Investidores devem observar o desenrolar da situação geopolítica com atenção, sem tomar decisões precipitadas.
O post Mercado reage a tensão no Oriente Médio e queda de 9% no petróleo apareceu primeiro em O Petróleo.