Nesta terça-feira, 25 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo, uma data essencial para ampliar a conscientização sobre a doença e combater o estigma que ainda cerca sua manifestação. Estima-se que até 1% da população mundial conviva com o vitiligo, condição caracterizada pela perda de pigmentação da pele, o que leva ao surgimento de manchas brancas em diferentes regiões do corpo.
Segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, embora o vitiligo seja uma doença benigna e não contagiosa, ele pode causar impacto profundo na autoestima e qualidade de vida do paciente. “As lesões costumam provocar efeitos psicológicos, profissionais e sociais, afetando a maneira como a pessoa se vê e como se relaciona com o mundo ao redor”, destaca.
O que causa o vitiligo?
A medicina ainda não definiu com exatidão as causas do vitiligo. Porém, já se sabe que alterações autoimunes, fatores genéticos e emocionais como o estresse estão relacionados ao desenvolvimento e agravamento da doença. A principal manifestação é o surgimento de manchas acrômicas, ou seja, áreas da pele sem pigmentação devido à redução ou ausência de melanina.
Tipos e diagnóstico
O vitiligo pode se apresentar de duas formas:
- Segmentar (unilateral): geralmente aparece na juventude e afeta apenas um lado do corpo, podendo alterar também a cor de pelos e cabelos.
- Não segmentar (bilateral): mais comum, surge de forma simétrica, frequentemente nas extremidades do corpo (como mãos e pés) e pode progredir em ciclos ao longo da vida.
O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista, com base em avaliação clínica detalhada.
Existe prevenção ou cura?
Ainda não há cura nem formas comprovadas de prevenção para o vitiligo. No entanto, é possível adotar cuidados para evitar o agravamento da condição, como:
- Evitar exposição solar excessiva
- Proteger a pele de traumas e ferimentos
- Controlar o estresse emocional
Tratamentos disponíveis
Embora não exista cura definitiva, há tratamentos eficazes para controlar a evolução do vitiligo e estimular a repigmentação da pele, como explica a Dra. Paola. Entre as opções estão:
- Fototerapia com UVB-nb (indicada para diversas formas da doença)
- Fototerapia PUVA
- Lasers e técnicas cirúrgicas
- Transplante de melanócitos
- Acompanhamento psicológico
“Muitas vezes o tratamento ideal envolve uma abordagem multidisciplinar, considerando as necessidades físicas e emocionais do paciente”, afirma a especialista.
Beleza além dos padrões
Nos últimos anos, campanhas e personalidades vêm ajudando a mudar a percepção sobre o vitiligo, celebrando a diversidade da pele e incentivando a autoaceitação. Usar maquiagem para cobrir as manchas é uma opção pessoal — mas não uma obrigação. O mais importante é garantir o bem-estar e a liberdade de escolha de quem vive com a condição.
Fonte: DRA. PAOLA POMERANTZEFF – Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
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