Um homem de 36 anos foi preso nessa terça-feira (24) em Nova Lima, Região Metropolitana de BH, pelos crimes de lesão corporal e descumprimento de medida protetiva. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o investigado teria agredido e ameaçado a ex-companheira em maio deste ano.
Segundo a PCMG, as investigações iniciaram após a vítima, também de 36 anos, relatar ter sofrido agressões e ameaças de morte por parte do ex-companheiro. Na ocasião, a mulher estava amparada por medidas protetivas de urgência, as quais o investigado já tinha conhecimento.
No entanto, conforme a ocorrência, o homem continuou enviando mensagens ameaçando a vítima e familiares dela. De acordo com a delegada Mellina Clemente, em uma das ameaças feitas pelo investigado, ele afirmou à vítima: “ficaremos juntos e nem o capeta nos separará”.
Violência contra a mulher
Em maio deste ano, a vítima desceu de um ônibus e deu de cara com homem aguardando no local. Conforme a PCMG, o investigado abordou a ex-companheira e a agrediu com socos, chutes e puxões de cabelo, além de xingamentos. O homem ainda teria ameaçado a mulher, dizendo que a queimaria com gasolina e que voltaria a persegui-la.
Em decorrência disso, a mulher sofreu diversas lesões e só conseguiu se desvencilhar do ex-companheiro após a ajuda de três pessoas, que tiraram o homem de cima dela. A PCMG representou pela prisão preventiva do suspeito, deferida pela Justiça e cumprida nessa terça-feira (24).
Saiba como denunciar
Denunciar os agressores e buscar ajuda, segundo os especialistas, são os dois primeiros passos para acabar, de forma mais imediata, com o ciclo da violência. O BHAZ reuniu alguns serviços e canais de denúncia e acolhimento para mulheres que se sentem vítimas da violência. Saiba mais neste link.
Primeiro registro
O primeiro registro de ocorrência relacionado à violência contra à mulher pode ser feito:
- Na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher ou em qualquer Delegacia de Polícia Civil. Pelo link, basta ir em “buscar por nome” e digitar o termo “mulher”.
- Pela Delegacia Virtual.
- Em qualquer unidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
- As denúncias também podem ser feitas pelo Disque 181 ou pelo Ligue 180, inclusive de forma anônima (ler mais abaixo). Os fatos narrados nestes contatos são encaminhados à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que irá apurar a denúncia e tomar as providências necessárias. Não é um registro de ocorrência, mas é uma alternativa caso o denunciante seja um vizinho, amigo ou parente de uma vítima que talvez não possa ir até uma delegacia ou se sinta ameaçada para denunciar.
190
É possível acionar a Polícia Militar pelo número 190 em casos urgentes para que os agentes se desloquem até o local. No momento de uma violência, a PMMG poderá socorrer essa vítima e, inclusive, efetuar a prisão em flagrante do agressor.
A Polícia Militar de Minas Gerais oferece, ainda, o serviço Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD). Segundo a PMMG, a PPVD consiste em guarnição, “qualificada e treinada”, composta por uma policial do sexo feminino e um policial do sexo masculino, que prestam serviço de proteção à vítima, garantindo o seu encaminhamento aos demais órgãos da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
181
O Disque Denúncia 181 funciona com uma central de atendimento unificada, com profissionais capacitados que trabalham 24 horas por dia e recebem denúncias, inclusive de violência contra a mulher. No entanto, é importante mencionar que não atende de forma urgente. De forma anônima, a mulher pode relatar as ocorrências e a denúncia é analisada por agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Com inteligência e o trabalho integrado das Forças de Segurança, as investigações são feitas para responsabilizar o autor dos delitos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de Minas Gerais, somente no primeiro semestre de 2024, o Disque Denúncia 181 recebeu uma média de 200 chamados por mês sobre casos de violência contra a mulher.
Medidas Protetivas
Toda mulher que sofra algum tipo de violência doméstica ou familiar baseada no gênero pode solicitar medidas protetivas de urgência, inclusive em relações homoafetivas. São medidas que obrigam o agressor a acabar com determinadas condutas, dentre elas, não se aproximar da vítima, de seus familiares e das testemunhas, sendo fixado um limite mínimo de distância.
As medidas podem ser solicitadas pela vítima diretamente na Delegacia de Polícia, perante o delegado de polícia, no Ministério Público ou na Defensoria Pública, sem necessidade de estarem acompanhadas de advogado. O procedimento será analisado por um juiz.
Em Belo Horizonte, as medidas protetivas de urgência podem ser solicitadas:
- Na Casa da Mulher Mineira, localizada na Avenida Augusto de Lima, 1845, Barro Preto, de segunda à sexta-feira, das 7 às 18h;
- Na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, que fica na Avenida Barbacena, 288, Barro Preto,de segunda a sexta-feira, aos fins de semana e feriados, de forma ininterrupta.
- Ponto de Atendimento à Mulher da Câmara Municipal de Belo Horizonte, localizada na Avenida dos Andradas, 3.100, Santa Efigênia, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. No interior do Estado, as medidas protetivas de urgência
podem ser solicitadas: - Nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (se houver).
- Em qualquer Delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais.
- O pedido também pode ser realizado por meio da Delegacia Virtual, sem a necessidade de comparecer à Delegacia de Polícia. O site para registro da ocorrência e solicitação das medidas protetivas é o www.delegaciavirtual.sids.mg.gov.br
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